4

1.4K 141 5
                                    

⚠️ AVISO⚠️

Decidi que farei a narrativa em terceira pessoa apenas para personagens secundários. A narrativa será da forma antiga sempre que for o ponto de vista da Charlotte. Colocarei um adesivo sempre que a narrativa for mudada.

Um segundo aviso.
Essa fanfic é só ladeira abaixo.
Estejam preparados para os gatilhos.
E eu também estou começando em um novo emprego, porém dessa vez não é o dia inteiro, então tenho mais tempo para escrever. Aleluia 🙌.

É isso, boa leitura 🤠
_⁠_⁠_⁠_⁠_⁠_⁠_⁠_⁠__⁠_⁠_⁠_⁠_⁠_⁠_⁠_⁠__⁠_⁠_⁠_⁠_⁠_⁠_⁠_⁠__⁠_⁠_⁠_⁠_⁠_⁠_⁠_⁠__⁠_⁠_⁠_⁠_⁠__⁠_⁠_⁠__

É isso, boa leitura 🤠_⁠_⁠_⁠_⁠_⁠_⁠_⁠_⁠__⁠_⁠_⁠_⁠_⁠_⁠_⁠_⁠__⁠_⁠_⁠_⁠_⁠_⁠_⁠_⁠__⁠_⁠_⁠_⁠_⁠_⁠_⁠_⁠__⁠_⁠_⁠_⁠_⁠__⁠_⁠_⁠__

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Amar alguém é um caminho só de ida pro inferno. Deckard Shaw sabia disso desde o momento em que seus olhos a avistaram pela primeira vez. Mas ele sabia que a única coisa que poderia fazer era aproveitar a viagem. Ele só não imaginava o quão dolorosa ela seria.

Ele se viu perdido em pensamento, encarando aquela fotografia antiga, mas que significava tanto.

Se lembrava daquele dia como se fosse ontem e ele nunca quis tanto nada em sua vida como voltar no tempo e repetir aquilo mais uma vez. Charlotte estava linda naquele dia. Ela sempre ficava linda quando estava fardada, mas vê-la com uma calça camuflada, coturno, regata e o cabelo loiro preso em um rabo de cavalo, ela conseguia ficar ainda mais bonita.

A foto não era nada a menos do que Charlotte e ele em frente a capela, ele se lembra de Charlotte o batendo depois de descobrir que era proibido o divórcio em uniões no Vaticano. Ele se lembra dela dizendo: "Aí, vou ter que aguentar essa cara rabugenta o resto da vida. Casar com velho rico não é fácil". Ele sentia falta das implicâncias e saber que ela estava por aí, trabalhando com o irmão do mal e sendo a mais procurada em todos os governos, seu coração se partia.

— Se tem uma coisa que eu sei sobre a minha irmã, é que ela não foge de problemas. — Dominic disse, chamando a atenção do antigo inimigo.

Era engraçado como a maioria das pessoas que tentavam o matar, sempre acabavam virando parte de sua família.

— O que quer dizer? — Deckard questionou, guardando a foto em sua jaqueta.

— Quero dizer que se ela ainda continuar sendo a mesma, basta você procurar nas ruas. Principalmente em corridas ilegais. Faz parte do sangue. — Dominic dá de ombros, com a lembrança antiga de ensinar Charlotte a dirigir.

Deckard nunca foi do tipo lerdo, porém naquele momento ele precisou de uns segundos para entender.

Estavam em Edimburgo, tinham chegado a poucas horas. Sabiam que Jakob e Charlotte  agiriam apenas na tarde do dia seguinte, então tinham tempo de sobra para bolar um plano eficiente. Ele tinha contatos o suficiente para saber sobre as corridas ilegais que ocorriam ali e isso foi o que bastou para ele se levantar e sair daquele maldito bunker. Não sabia o que se esconder ajudaria.

Ele não demorou para achar a primeira corrida de racha da cidade, a música alta chamava a atenção e ele se perguntou se era tão ilegal assim, já que os policiais não pareciam tão focados em tirá-los dali. Seu Maserati não havia sido preparado para uma corrida, porém ele sabia que ele era bom de volante, se ele precisasse correr contra alguém, não seria uma tarefa difícil vencer. Porém, esse pensamento se tornou inútil quando viu a única pessoa para qual perderia, não importa qual carro corresse.

Charlotte estava do outro lado da festa, sentada no capô de um Mustang cobra totalmente azul, a lataria brilhando na luz das lamparinas. Era engraçado que mesmo com a possibilidade dela não se lembrar de nada, ela ainda gostava do mesmo tipo de carros. Deckard caminhou até ela, seus olhos descendo por seu corpo ao reparar no vestidinho vermelho de cetim que ela usava. Deckard seria preso por ataque ao pudor se fizesse exatamente o que queria com ela.

— Ele é seu? — O britânico perguntou quando alcançou uma distância considerável respeitosa, olhando do Mustang para a mulher sentada nele.

— É. Você gostou? — Charlotte sorriu, inclinando a cabeça para o lado. Deckard sorriu com a visão, ela sempre conseguia parecer totalmente inofensiva quando queria, mesmo podendo quebrar seu pescoço em poucos movimentos.

— Gostei, é bem bonito. — Deckard colocou as mãos nos bolsos da calça. Seus medos se tornando reais.

Deckard não gostava de admitir quando ficava nervoso, mas na presença de Charlotte, ele já tinha perdido as contas de quantas vezes havia ficado assim. Só que dessa vez é diferente. Ele estava na presença da sua esposa que nem ao menos parecia lembrar de seu rosto, quem dirá de seu nome. Ele nunca se odiou tanto quando ele se odiava por se permitir deixar ela nas situações anteriores que levaram ao seu acidente. Ele se culpava, afinal, tudo poderia ter sido diferente se ele não tivesse agido como um babaca.

— Vai ter que correr pra tentar ganhá-lo — Charlotte deslizou para fora do capô e Deckard sorriu. Algumas coisas nunca mudavam.

— Eu nunca fujo de um desafio, principalmente de mulheres bonitas, Darling. — Deckard piscou pra ela, seu sorriso aumentando ao ver as bochechas de Charlotte ficando vermelhas. Como ele sentiu falta disso.

— Charlotte. — Estendeu a mão e Deckard perdeu o sorriso por um segundo. Era aquilo mesmo, então? Começariam do zero?

— Deckard Shaw. — Apertou a mão dela, forçando o sorriso de volta. Ele estava tendo o direito de ter uma segunda chance. Ele não pretendia falhar.

Os dois ficaram se encarando por bastante tempo antes de finalmente soltarem suas mãos e cada um ir para o seu carro. Se encontraram minutos depois na linha de partida. Charlotte fez o motor do Mustang roncar e sorriu ao ouvir a risada de Deckard de dentro do Maserati que também teve um ronco em resposta. Quando a contagem regressiva começou, Charlotte perdeu seu sorriso e se concentrou. Deckard não pode deixar de notar a semelhança familiar em suas feições.

Ela ficava tão linda.

De sangue - Deckard Shaw (Livro Dois)Onde histórias criam vida. Descubra agora