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Anneliese Clarke

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Anneliese Clarke.

O nome rodeava minha cabeça enquanto eu olhava para cada minimo canto possível daquele pier, esperando algum sinal da pessoa que colocou aquilo em meu carro, mas nada aconteceu. Nem uma única alma viva naquela tempestade.

Eu respirei fundo e virei o envelope no banco ao meu lado. No mínimo, uns 10 papéis caíram dele assim como um envelope gordo e pesado com o meu nome escrito em uma caligrafia caprichada na frente. Fucei os papéis primeiro. Dois eram cópias da certidão de nascimento de Anneliese.

— Pai: Desconhecido. Mãe: Clarisse Clarke — Li em voz alta, talvez assim o nome se tornasse familiar, porém não rolou.

Passei para o próximo papel e vi que era uma certidão de nascimento minha. Os nomes Jack e Gabriela Toretto estavam ali. Pontadas de dor vieram em minha cabeça quando eu comecei a pensar demais em Jack. A dor embaçou minha visão e eu precisei ficar uns segundos de olhos fechados para me estabilizar.

Quando voltei ao normal, passei para os próximos papéis esperando ver mais certidão de nascimento, porém minhas mãos tremeram e os papéis deslizaram dos meus dedos para o chão do carro.

Certificado de adoção de Anneliese Clarke.

Certificado de adoção de Charlotte Toretto.

De repente, ficou difícil respirar. A palavra adoção se misturou com Anneliese Clarke que rodeava a minha mente, embaralhando meus sentidos. Eu não me lembrava de nada antes do manicômio, mas não era nem um pouco bom saber que o seu irmão, aquele mesmo que te salvou da morte, não é seu irmão de verdade.

Tremendo, estiquei minha mão para o envelope, o abrindo e tirando o conteúdo de dentro.

Eram fotos. Diversas fotos.

A maioria dos rostos para mim eram desconhecidos, mas ao mesmo tempo familiares. As primeiras fotos eram antigas, de quatro crianças em uma garagem. Eu consegui me reconhecer ali, a menor de todas e completamente diferente das outras. Depois vieram as fotos de um casal segurando um bebê que pude presumir ser eu já que as outras três crianças apareciam no fundo.

— Eu daria tudo para me lembrar — Sussurrei pra mim mesma, a ponta do dedo tocando cada rosto ali. Aquelas pessoas eram da minha família e eu não me lembrava delas.

Passei para as próximas fotos e meu coração deu um salto triplo. Era eu, totalmente maior de idade, no exército. Eu diria MI6 pela roupa preta. Não foi isso que me chocou. Foi o fato de eu estar ao lado do antigo dono do meu carro.

Deckard Shaw.

Pulei a foto e a próxima também era com ele, nós dois em um bar. Eu usava calça militar, coturno e regata, o mesmo estilo de roupa que todos presentes na foto. Parecia ter sido uma festa entre o batalhão, porém eu e ele estávamos no meio. Ele beijava minha bochecha e estava com a mão em minha cintura.

De sangue - Deckard Shaw (Livro Dois)Onde histórias criam vida. Descubra agora