De sangue - Deckard Shaw (Livro Dois)

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Foi um longo caminho de volta para Los Angeles naquele dia. Tive tempo apenas para explicar sobre minhas lembranças antes de Deckard me atacar com seus lábios. Foi uma festa enorme, até mesmo para o pequeno garotinho que nem mesmo sabia o que estava acontecendo.

Deckard e eu conseguimos explicar a ele a situação e ele pareceu entender. Mesmo tendo apenas três anos, ele não sabia falar, nunca haviam ensinado a ele na Eteon.

Decidimos que o chamaríamos de Benjamin. Benjamin Shaw Toretto.

Alguns meses se passaram e consegui convencer o grande careca britânico a morar na Califórnia. Com muito custo, eu devo dizer. Foram noites e noites o incentivando.

A casa vizinha do meu irmão estava à venda, era de cerca branca e varanda com balanço. Não muito diferente do padrão do bairro. Reformamos o que precisávamos e criamos nosso lar. Não era perfeito, mas tivemos paz. Pelo menos, até Jakob aparecer com Cipher.

Esclarecemos tudo a respeito da minha adoção. Ela não era minha mãe, era minha tia. Na foto, sua irmã gêmea havia dado a luz a mim. Ela morreu poucos dias depois e Cipher cuidou de mim até me deixar na porta de Jack Toretto. Óbvio, ela não sabia quem ele era na época, ela apenas queria que eu tivesse uma vida normal fora do terrorismo que ela trabalhava.

Podemos ver que seu plano não ocorreu muito bem.

Ela prometeu que sumiria das nossas vidas. Jakob começou a trabalhar para o Sr. Ninguém, o que não me surpreendeu. A vida de espionagem era a única coisa que ele tinha, eu sabia que ele não conseguiria largar, mas ele prometeu manter contato.

Então, nos restou apenas uma coisa. A rotina.

Deckard deixou de lado sua vida de mercenário e virou um mecânico extraordinário. Dom abriu a oficina da família de novo e está fazendo o maior sucesso. Dom e Letty estão mais felizes do que nunca, criando o pequeno Brian. Eu zoei tanto o Dom por ter colocado o nome do O'Conner no garoto. Uma judiação com o menino o submeter a esse tipo de sofrimento.

Ganhei um tapa do Brian quando disse isso no dia.

Como coelhos, Mia estava grávida de seu terceiro filho. Eu disse a eles que não precisariam de Letty ou eu para popular a família, eles faziam isso sozinhos.

Eu queria poder dizer que virei uma dona de casa, mas esse papel nunca funcionou bem pra mim. Então, como nos velhos tempos, assumi a liderança do Ride War. Carros era a minha vida, estar no meio deles era como estar em um mar de dinheiro. O bom era que é mais ou menos os dois.

— Benji, querido, não corra pra longe. — Gritei vendo o menino com seu mini Mustang na mão, correndo pela área que eu havia traçado pra ele. Se dependesse dele, um carro o atropelaria.

Ele só fez um joinha com o polegar e continuou a correr.

Quando meu celular tocou, eu já sabia quem era.