Cap 8 - É assim que se sente em amar alguém?

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In the last episode....

E lá estava eu, no auditório, James me ligou avisando que não iria vir e que eu poderia ir sozinha, quase dei uma desculpa, mas resolvi aparecer. Abri a porta do auditório e havia muitas pessoas ali, procurei Lauren até encontrá-la lá na frente organizando uma fila indiana com as crianças, fiquei olhando por um tempo até que ela me viu, abriu um sorriso e acenei para ela, seu sorriso ficou maior. Olhei para o chão e saí correndo do auditório. O que estou fazendo aqui? Circulava minha mente. Desci as escadas correndo.

- Camila! – Parei na metade da escada e Lauren desceu correndo as escadas.

OFF

- James não pode vir, então eu apareci, mas...

- Foi bom você ter vindo. – Me abraçou e seu perfume me acalmou por um instante. – Você só espera 5 minutos? Eles já estão quase saindo, me espera por favor.

- Está bem. – Ela sorriu e tocou meu rosto. Voltou correndo para o auditório e soltei todo o ar. Fui até um corredor onde havia alguns bancos para sentar, me sentei e passei as mãos no rosto, fiquei ali por alguns minutos até ouvir a sua voz me chamando.

- Está tudo bem? – Ela me olhou preocupada e eu me levantei, sorri para ela.

- Está sim. – Ela se aproximou e pegou na minha mão, me olhou de um jeito terno enquanto fazia um carinho na minha mão. 


POV Lauren

Meu coração falho e idiota me sussurrava algo que eu já sabia, mas me continha em lutar contra até perder a batalha, havia algo se desenvolvendo, sua pele macia e seus olhos havia uma linguagem silenciosa que expressava um sentimento profundo sendo despertado. Havia uma conexão se formando. Seus gestos delicados eram como pinceladas suaves em uma tela branca.

Ela foi se aproximando lentamente e me beijou, deixei que controlasse, sua boca explorava cada canto da minha boca com tanta volúpia e ternura. Eu iria me permitir adentrar neste terreno cheio de armadilhas para explorar cada parte dela e conhecer cada sentimento se ela me permitir, queria explorar seus sentimentos da forma mais delicada que ela deixasse.

Saímos do museu de mãos dados entre sorrisos, cada risada sua era uma melodia encantadora. A cada conversa e troca de olhares, era como se aquilo se tornasse um refúgio reconfortante em meio a tanto caos. Com o meu término, eu havia pegado o que consegui e aluguei um quarto no hotel no centro de Londres, não precisou de palavras, parecia que seu corpo necessitava dos meus toques e nem questionei.

Queria sentir seu corpo novamente, seus toques em mim, sua pele macia e delicada, ela se arrepiava com os meus toques e aquilo me excitava cada vez mais. Ela sentia algo também. Era nítido. Beijei cada parte descoberta de seu corpo, olhei cada detalhe de suas curvas, ela era linda. Era como uma peça rara de um museu. Eu não pude não prestar atenção aos seus seios enquanto meus dedos penetravam nela, seus gemidos eram como uma melodia e eu queria ouvir mais.

Seus gemidos se intensificaram e eu pude sentir ela gozando em meus dedos, sua intimidade pulsava e sua respiração ofegante entregava o quão entregue ela ficava. Fui surpreendida por ela me virar na cama e começar a explorar cada parte do meu corpo como se já conhecesse, a forma como me tocava me deixava sem rumo.

Não pude contar o meu gemido ao sentir sua boca na minha intimidade e começar a chupar, ela sabia muito bem o que estava fazendo, agarrei seus cabelos e pressionei rebolando em sua boca. Eu nem sentia mais que estava em uma cama de tão aérea que ela me deixava cada vez mais, gozei em sua boca e minhas pernas ficaram tremulas ao redor de seu corpo. Ela subiu lentamente deixando beijos em meu corpo até chegar em minha boca, a beijei sem pensar duas vezes.

Ficamos deitadas agarradas uma a outra, ela contava algumas piadas idiotas que me fazia rir, ela me perguntava algumas coisas sobre a minha vida e ali ficamos apenas nos conhecendo. Ela acabou dormindo ao meu lado e eu não recitei em admirar a sua beleza, alguns fios de cabelos caídos em seu rosto a deixava ainda mais linda, queria guardar este momento comigo.

Aí me lembrei de algo, ela ainda irá se casar, o anel de noivado em seu dedo, eu não queria me encontrar as escondidas com ela enquanto de noite ela dormia com ele. Queria tentar algo, ter uma relação pura e confortável ao seu lado, eu sei que ela sentia algo, mas estaria disposta a largar seu casamento para ficar comigo? Ou melhor, para encarar esse mundo desconhecido que era desconhecido para ela?

Me levantei com cuidado para não acordá-la e vesti um roupão, me sentei na varanda e sentia o vento frio bater em minha pele, Londres era bastante judiada pelo tempo, era bastante calor e de uma hora para outra o frio vinha visitar Londres, não era qualquer frio, era frio mesmo. Quando não era frio, era chuva ou neve. Voltei para dentro e ela ainda dormia na cama, sentei com cuidado na cama ao seu lado e fiquei fazendo carinho em suas costas. Ela foi acordando lentamente e cobriu seu corpo com o lençol, ficou ao meu lado e sorri tocando seu rosto.

- Eu não quero que sejamos assim, Camila. – Ela ficou em silêncio já sabendo o que queria falar. – Eu sei que é difícil, mas eu não quero ser sua amante.

- É complicado, Lauren. Não é apenas o meu casamento, tem outras coisas.

- Essas outras coisas eu diria que poderíamos dar conta.

- Não é assim, Lauren. – Suspirei.

- Vai se casar com ele?

- Eu... – Seu silêncio foi como uma facada em meu peito, eu desconfiava de que ela ainda não se decidiu. – Lauren... – Ela começou a chorar.

- Você o ama? – Meus olhos ardiam com as lágrimas que começaram a surgir.

- Tudo o que aconteceu entre nós foi como uma resposta que eu precisava.

- Eu não quero ser apenas uma resposta.

- Eu sei, Lauren, mas eu achava que estava feliz com ele até eu ver que não, que não o amo como ele me ama, que eu não estou nem um pouco ansiosa pelo casamento como ele, eu não quero me casar, mas eu não sei nem como terminar essa história.

- Eu não quero me encher de esperanças e você terminar no altar com ele.

- Confie em mim, por favor. – Ela pedia em meios as lágrimas.

- Não se case com ele. – Foi o que eu consegui falar e ela me abraçou.

Eu não queria me encher de esperanças e depois sair mais machucada do que já estou. Queria uma resposta mais concreta, minha cabeça já estava uma bagunça e eu não sabia nem como me comportar diante dessa história. Ela falou que precisava ir embora, mas queria me encontrar amanhã no almoço para conversar, confesso que isso me deu uma pontinha de esperança. Desci com ela até a calçada.

KYSS MIG - With Every Heartbeat (História adaptativa)Onde histórias criam vida. Descubra agora