CAPÍTULO 09

4 0 0
                                    

Aquela sensação de cada movimento que ele fazia me lembrava da primeira vez que fizemos isso. Era como se tivesse passando um filme em minha mente naquele momento.
Em poucos minutos ele desabotoou a camiseta e a jogou no sofá, me tirou de seu colo e me sentou em meio as almofadas.
Ele também se sentou ali e me colocou em seu colo novamente, dessa vez de frente um para o outro. Tirei meu camisete branco e também minha calça, jogando as peças no tapete e vi em seus olhos o enorme desejo.
Peter sem pensar duas vezes retirou minhas peças de lingerie e se deitou no sofá, me posicionando sobre ele. Aquele momento foi onde realmente o desejo despertou, passei a mão em seu corpo chegando até a parte desejada.

Logo suas mãos encontraram meus seios, suavemente massageou minha aréola e em poucos instantes senti sua língua em meu mamilo. Peter chupou meus mamilos com imenso prazer, os beijou e colocou a mão no interior de minhas pernas.
Os movimentos de seus dedos dentro de mim me faziam soltar pequenos gemidos enquanto o beijava. Logo a intensidade aumentou e ele trocou a posição, penetrando em mim com prazer.
Suas mãos alcançaram minha parte interna e me massageou até eu soltar um gemido mais alto. Poucos minutos depois, ele pressionou seu pênis em minha vagina, senti seus movimentos internos molhados e finalmente gozei, dando um sorriso leve para ele. Continuamos na mesma intensidade até ouvir o gemido alto dele de prazer.
Nos entreolhamos e ele tornou a me beijar intensamente, movimentando sua língua em minha boca, deu uma leve mordida em meus lábios.

Minutos depois...

Peter suspirou colocando a mão em minha cintura enquanto olhávamos um para o outro.
-- Peter, você está bem?
-- Sim...como não estaria?
-- Onde está seu jantar? -- perguntou ele
-- Eu ainda não comi, somente minha mãe
-- Desculpe...
-- Por que está se desculpando?
-- Por tudo
-- Como assim? Você está dizendo que se arrependeu?
-- Não é bem isso mas é que você deveria ter jantado antes... Você é uma pessoa muito responsável, me senti culpado agora
-- Não diga isso, afinal, ainda são oito horas, você também tem que jantar...
-- É mesmo?
-- Sim, também tenho que dar seus medicamentos
-- De qualquer forma Ollie, desculpe...
-- Peter, está tudo bem, não fique chateado
-- Nós não somos namorados ainda... Não podíamos ter feito isso...e se...
-- E se o que?
-- Se você engravidar?
-- Eu não irei, fique calmo
-- Será?
-- Não se preocupe Peter, eu tomo remédio e ainda sou vacinada todos os anos
-- Ah... Mas mesmo assim, acho que foi inconveniente...
-- Peter, nós já fizemos, não há o que se desculpar agora
-- Você está certa mas...
-- Sem mas, vamos tomar banho
-- Está bem
Levei Peter em sua cadeira de rodas para o banheiro para ele tomar banho, fechei a porta e retornei à sala para arrumar a bagunça.
Alguns minutos se passaram e Peter ainda estava no banho, a média de tempo dele era aproximadamente dez minutos, mas já haviam se passado dezoito e eu fiquei um pouco preocupada.
Me aproximei da porta e só o chuveiro estava fazendo barulho da água caindo. Chamei Peter mas não tive resposta então abri lentamente a porta. Quando percebi, Peter havia desmaiado na cadeira e o chuveiro estava ligado sozinho. Tirei ele dali e o levei para o quarto, graças aos meus estudos de enfermagem, consegui acordar ele em poucos minutos.
Seus olhos se encheram de lágrimas enquanto olhava para mim. Coloquei as mãos em seu rosto, passando o dedo polegar enxugando uma gota de lágrima que caiu de seu olho esquerdo.
-- Peter, o que aconteceu com você?
-- Assim que entrei no banho, senti algo estranho em meu corpo e então fechei os olhos... Desmaiei
-- Meu Deus! Você deve ter baixado a pressão arterial... Vou trazer comida para você
-- Você já comeu?
-- Ainda não, mas prioridade é você
Me levantei e fui até a cozinha, peguei a tigela e retornei ao quarto, colocando-a sobre a cômoda.
-- Eu nem tomei banho, Ollie
-- Não importa, de qualquer forma, você está muito fraco agora
-- Você tem razão...
-- É melhor você comer primeiro e tomar os medicamentos, depois tomar banho
Peter concordou e foi comendo a sopa aos poucos, ele ficava tão fofo assoprando a comida quente.

No dia seguinte...

Acordei cedinho e fui ao meu quarto, assim que entrei, o vi todo enrolado na coberta, feito um casulo. Me aproximei dele e passei a mão em seu ombro, seu corpo estava muito quente então peguei o termômetro para medir a temperatura.
Assim que o pequeno aparelho apitou, a temperatura estava trinta e nove. Me apressei em acordá-lo e ele rapidamente olhou para mim.
-- Peter, sua temperatura está muito alta
-- Eu estou com febre?!
-- Sim
-- Por que?
-- Não sei, talvez seja um resfriado
-- Eu quero ir para minha casa -- disse se virando para o lado
-- Você não pode ir
-- Por que não?
-- Porque não, eu estou cuidando de você
-- Eu não quero mais que você cuide de mim, eu posso me cuidar sozinho
-- Claro que não! Você teve um acidente e ainda não se recuperou totalmente
-- Eu não sou uma criança, Ollie
-- Eu também não!
-- Então, não quero depender de você todos os dias
-- Você está aqui por precisão e não por querer
-- Eu quero ir embora...
-- Eu não te deixarei ir
Dei o remédio para abaixar sua temperatura e saí para o trabalho com a paciência no zero.

A noite...

Abri a porta do apartamento e vi Peter com sua mala na sala, olhando para mim com os braços cruzados.
-- Onde você vai?
-- Vou embora, aqui não é minha casa
-- Não é sua, mas você tem que ficar aqui
-- Ollie, por favor me deixe ir embora
-- Não! De jeito nenhum, de nenhuma forma! Volte para o quarto
Ele apenas me olhou, tranquei a porta e fui tomar banho.

Uma semana depois...

Alice, eu e Dave nos reunimos na cafeteria para discutirmos alguns assuntos importantes. Segurei minha xícara de leite enquanto Dave me olhava com um sorriso no rosto.
-- Do que está rindo, Dave? -- perguntei
-- Você é tão linda quando o sol te ilumina... -- disse ele
-- Obrigada Dave, mas vamos nos concentrar agora?
-- Ok, você quem decide
-- Você disse que a situação de Peter não é boa Ollie... -- disse Alice preocupada
-- Sim, ele não está nada bem...
-- Você vai precisar transferi-lo?
-- Sim, o problema é que eu não tenho dinheiro suficiente...
-- Se acalme Ollie, seu pai não pode te ajudar? -- perguntou Dave
-- Meu pai... -- disse eu suspirando
-- Vocês não tem uma boa relação mas nesse momento... Você precisa da ajuda dele -- disse Alice
-- Eu até posso te ajudar Ollie, mas não tenho muito... -- disse Dave
-- Eu sei pessoal... Eu terei que contar com meu pai agora
-- Ollie, o que você dirá? Você nos disse que quer manter segredo... -- perguntou Alice
-- A minha mãe já sabe, só meu pai que não
-- Então peça à sua mãe -- disse Dave
-- Minha mãe não tem esse dinheiro, e se eu pedir a ela... Ela irá revelar ao meu pai...
-- Você tem razão Ollie -- disse Alice
-- Vamos te ajudar Ollie, eu posso dar cinco mil -- disse Dave
-- Eu posso dar três mil -- disse Alice
-- Agradeço muito vocês pessoal... Mas eu ainda precisarei incomodar meu pai...
Suspirei e olhei para Dave que já estava com a mão em meu ombro, me acalmando. Alice terminou sua xícara de café e pediu mais uma ao garçom antes de continuarmos a conversa.
-- Que tal assim, Ollie? -- disse Dave animado
-- Eu e Alice vamos te acompanhar até seu pai, temos que inventar algo para ele não suspeitar de você -- disse Dave
-- Obrigada amigos, já pensaram no plano?
-- Amanhã vamos nos reunir aqui novamente e discutir o plano, combinado? -- perguntou Alice animada
-- Pode ser -- disse eu concordando
-- Então combinado -- disse Dave
Conversamos por distração por mais alguns minutos e ao fim da tarde voltamos para nossas casas.
Abri lentamente a porta e senti a falta de Peter me abraçar todas as vezes que eu chegava em casa. Meu coração doeu ao lembrar dele e não consegui segurar as lágrimas dos meus olhos. Me sentei no sofá, olhando para o quadro antigo de quando eu ainda era uma simples garotinha de cinco anos de idade e me emocionei.
Meus pais sempre foram muito gentis comigo, até algo acontecer e mudar tudo isso. Me lembro que nesse tempo eu só queria que meu irmão viesse morar comigo, mas isso não foi possível.
Peguei meu celular na bolsa e liguei para Denise, uma enfermeira do hospital.
-- Boa noite Sra Ollie
-- Boa noite, como está Peter?
-- Ele está instável... Precisamos transferi-lo o mais rápido possível para um bom hospital que fará o tratamento mais eficaz...
-- Estou resolvendo meus meios para enviá-lo, acredito que até amanhã consigo
-- Está bem Ollie... Não demore muito, é um caso de vida ou morte
-- Eu sei... Obrigada
Desliguei a chamada chorando e fui tomar um banho.


MIL FACESOnde histórias criam vida. Descubra agora