Cap 8

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Roberta estava sentada à beira da piscina do colégio, mesmo com o frio que fazia naquela tarde, o sol brilhava em seu rosto intensamente trazendo uma sensação de tranquilidade.
Mas o Professor Madariaga tem o dom de ver além...

POV Roberta

Henrique: Roberta, você está bem? Parece preocupada. – disse sentando ao seu lado.

Roberta: não é nada, professor, só estou pensando na vida.

Henrique: isso me dá medo. Sempre que  você está assim acaba se metendo em confusão. – falou me cutucando tentando me fazer rir.

Roberta: o senhor se engana. Não sou eu que me meto em confusão é a confusão vai até mim. – falei gesticulando e o olhando de rabo de olho.

Henrique: então, porque você não me conta que confusão foi até você, pra eu ajudar a pensar? Será que tem a ver com a música que eu vi no seu story?  Eu sabia que aconteceria, mas não imaginei que o karma fosse tão rápido.

Roberta: é... A culpa foi sua por ter me jogado essa praga! – pela primeira vez me virei e olhei em seu olhos com muita raiva.

Henrique: vai me jogar praga de Volta?

Roberta: vou! Te desejo uma turma cheia de Robertinhas pra te atormentar.

Henrique: hahahaha. Olha, Roberta, se todos os meus alunos fossem como você eu seria feliz. Você tem caráter, é decidida e luta pelo que quer... Seu problema é ser impulsiva. Mas com o tempo você aprenderá. E com certeza a menina pra quem você dedicou aquela música também percebeu que atrás dessa máscara de durona você tem um grande coração.- o olhei assustada.

Roberta—como você sabe que é uma menina? O que andam fofocando de mim?

Henrique – ninguém me contou. Mas  pelos stories seguintes com a música do Reik e porque eu sou seu professor e te observo, acabei deduzindo... Estou sempre a um passo na sua frente, Roberta, ou não teria escolhido um ótimo castigo de Natal pra você. – ele sorriu triunfante.

Roberta – então você sabe quem é? E Você fez tudo de propósito! –o  fuzilei apertando os olhos - Olha senhor Madariaga eu te odeio!  Uma praga não será o suficiente. Por culpa sua minha vida virou de cabeça pra baixo.

Henrique: de nada! Agora me conta, o que aconteceu?--

Contei tudo!
Do pai e mãe da Mia, contei da história do Miguel com a Julieta e de como eu estava me sentindo mal com tudo isso.

Henrique: Entendo seus receios, Roberta. Mas lembre-se de que relacionamentos sólidos são construídos sobre alicerces de confiança e sinceridade. Falar a verdade pode ser doloroso no início, mas é necessário para que ambas possam seguir em frente e se sentir bem consigo mesmos. Você fez bem em ir atrás da verdade pra ajudar a Mia. Só não devia ter o ameaçado, poderia ter falado comigo antes pra eu tentar intermediar. São nesses detalhes que sua impulsividade te sabota – Henrique se aproximou e me abraçou de lado mais uma vez. Ficamos os dois olhando pro céu. – agora em relação a história do Miguel, eu sei que você sabe o correto a  ser feito e sei que  o fará... Só está postergando.
Balanço a cabeça assertivamente, mas com tristeza, e encosto a cabeça em seu ombro.

Roberta: ultimamente anda tão difícil ser eu, prof. – suspirei

Henrique: hahahah só um beijo e você já foi contagiada pelo vírus do Mia’s club? – rimos juntos

...
NARRADOR

Franco, preocupado com a situação, na forma como Mia irá reagir, decide por contar tudo  e pede pro Peter buscar Mia na escola. Uma conversa privada, em casa, evitaria que outras pessoas presenciassem o eminente escândalo que Mia faria.
Peter avisa que Mia chegou e Franco a  a espera no seu escritório de casa, um ambiente com móveis de madeira escura e estantes repletas de livros.

Mia se senta no sofá enquanto Franco anda de um lado para o outro, contando que a mãe dela, Marina Cárceres foi visitar sua mãe, a avó de Mia, no Brasil e acabou participando de um concurso para um reality show musical. Franco revela que pediu a Marina para escolher entre a carreira no Brasil ou ele e Mia. Ela decidiu seguir no reality e com seu  sonho na música

POV Mia

Franco: Mia, eu sei que isso é difícil de entender, mas sua mãe fez essa escolha, porque ela acreditava que era o melhor, ela não estava feliz com a vida que levava na nossa família. A música era o maldito sonho dela – disse com raiva.

Mia: Mas e eu?-entre soluços - Ela simplesmente decidiu seguir em frente sem pensar em como isso afetaria a mim. Eu era um bebê!

Franco: Eu entendo como você se sente, Mia, acredite. E por amor a você que eu te escondi a verdade. Não queria que você sentisse o que eu senti.

Mia: AMOR? – grito com raiva – você acha que me protegeu, mas me fez crescer num mundo de mentiras. Toda a minha vida é uma mentira e a culpa é sua papai! – volto a chorar – tenho uma mãe que não quer saber de mim e um pai que mentiu pra mim a vida toda. Eu não posso acreditar que vocês fizeram isso comigo!

Franco: Mia, eu... – interrompi gritando.

Mia: NÃO QUERO MAIS TE Ouvir! Fui feita de palhaça a vida inteira.

Antes que  aquele que está no meu registro de nascimento como pai possa responder, me levantei abruptamente e corri para fora da sala, fugindo de casa em um misto de dor e raiva.

....

Narrador

Franco, preocupado e sem saber onde Mia foi, decide ligar para sua namorada, Valéria, em busca de apoio.

Valéria: Meu Deus, Franco! Isso é sério. Vamos encontra-la juntos. Mas depois que encontramos, você precisa fazer algo em relação a Roberta. Ela não pode sair impune depois de tudo o que fez, além de ser uma péssima influência pra Mia. Mia anda cada dia mais insolente desde que passou andar a com a filha de vedete.

Franco: Você tem razão, Valéria. Roberta me ameaçou não posso permitir que uma adolescente faça algo desse tipo e saia impune. Mas falar com a desmiolada da mãe não vai adiantar. Tenho que falar com o  Pascoal ou com o pai dela.

Valéria: Esse diretor me parece um banana. Quanto ao pai acho que já trabalhei com ele. É o Pardo não é?
Franco: sim, consiga o contato dele e me passe.

...

Alma (surpresa): Mia? O que aconteceu, meu amor?

Mia: Eu... eu fugi de casa. Não aguentava mais olhar pra cara do meu pai.

Alma: Calma, querida. – alma puxa a mia pra dentro do apartamento e a leva pra sentar no sofá. - Você está segura aqui. Me conte tudo o que o Culoti te fez, com calma

...

Alma Rey: o senhor tá ficando um velho, além de chato,  surdo! Já disse pra não se preocupar. Estou cuidando da Mia como se fosse minha própria filha. Ela está segura e protegida aqui. Tchau, Culoti!
Alma faz outra ligação, enquanto Mia esta no banheiro. Agora liga pra Roberta.

Alma Rey: Roberta, preciso que venha imediatamente. A Mia está aqui em casa. – Alma escuta as mil indagações preocupadas da Roberta.

Alma Rey: filha, o Franco contou umas coisas pra Mia sobre a Mãe. Ela disse que você sabe de toda a história... Mia está muito abalada e não quer ir pro colégio. Vou ligar pra  direção e pedir que liberem sua saída, pra que você venha pra casa fazer companhia pra sua amiga.

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