Campana Sobre Campana

Cap 15

POV Mia

Estávamos ali, imersas no olhar uma da outra, em um completo silêncio. Eu não sabia muito o que eu estava sentindo pra conseguir reproduzir em palavras, apenas tinha certeza que queria ficar assim pra sempre com a Roberta. Até que ela quebrou a nossa zona de conforto do silêncio.

Roberta: você gostou? – eu coloquei as mãos no rosto e falei olhando por entre os dedos

Mia: gostei

Roberta: ah fala olhando pra mim – me disse enquanto tentava tirar as mãos na minha cara. E ao não conseguir tentou apelar pras cosquinhas.

Mia: para kkkkk agora! – eu me contorcia enquanto falava e ria.

Roberta: então fala olhando pra mim.

Mia: tá bem... você venceu. – olhei nos olhos dela e falei – eu amei! Amei amar você!

Roberta: eu também – e quando começamos a nos beijar meu celular começou a tocar. Que ódio! Era meu pai... Meu prazer em desligar o celular foi ainda maior.

Mia: era meu pai. Será que ele descobriu que eu fugi?

Roberta: provavelmente... Pergunta pras meninas como estão as coisas no colégio. – abri o grupo que tenho com Celina e Vick (estava silenciado e por isso não ouvi as notificações). As mensagens diziam que um dos seguranças que a vick tentou despistar, pra que eu pudesse fugir, me viu saindo e avisou a direção.

Mia: o segurança me viu saindo do colégio. Já devem ter avisado meu pai.

Roberta: se ele souber que você está  aqui... – fez sinal cortando o próprio pescoço – aí que vai terminar de me fo@## fazendo fofoca pro meu pai. Um homem velho desses sendo x9. Uma vergonha!

Mia: como assim?

Roberta: exatamente isso que você ouviu. Seu "papi" - imitou minha voz- foi passar um relatório sobre mim, pro velho que me deu o cromossomo x.

Mia: eu não acredito que ele fez isso. Será descobriu que estamos juntas? - arregalei meus olhos.

Roberta: acho que não. Acho que ele fez, porque eu o obriguei a contar toda a história da sua mãe.

Mia: eu o odeio! Isso não pode ficar assim! Eu vou falar com ele, Roberta, ele vai ter que se virar pra impedir que seu pai te leve de mim – a abracei e quando iríamos começar a nos beijar, a porta começa a bater. Toc Toc!

Alma: Meninas? - Toc Toc alma ssguia batendo na porta. Eu e Roberta arregalamos os olhos, uma pra outra, e no reflexo nos escondemos por baixo das cobertas, pois ainda estávamos despidas. Catuquei Roberta pra que ela falasse alguma coisa.

Roberta: O QUE FOI MAMAE? – Roberta gritou respondendo.

Alma: o Franco não para de me ligar e me mandar mensagens perguntando se Mia está aqui. Eu ignorei todas, pois estou com tanto ódio que sou capaz de matar esse limão azedo só do escutar a voz dele.

Mia: NÃO FALA QUE EU TÔ AQUI, ALMA, POR FAVOR!

Alma: Não vou falar, meu amor. Mas saiam daí que a gente precisa conversar.

Roberta: já vamos!

....

Nos vestimos e fomos até a sala onde  Alma nos esperava na mesa.

Alma: sentem-se, meus amores. Pepa desceu pra pegar a comida japonesa que pedi, pra gente jantar. Você gosta né, Mia? Pedi especialmente pra você!

Mia: eu amo!