O reencontro

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-Niki!

-Sunoo!

Riki correu para seu amigo, que estava sentado no pé macieira da sua casa. O céu estava em tons lilás e rosa e o Sol se escondia atrás das montanhas. Tudo aquilo servindo de cenário para Sunoo, que decorava a paisagem de Riki.

- Pensei que não iria te ver novamente. - disse o meninos dos olhos dourados sentindo seu rosto sorrir. Sentou-se ao lado de Sun e observou o por do sol ao seu lado. - Aconteceu tanta coisa nos últimos dias, Hyung...

- Eu sei, Niki... O que você está passando é horrível, sinto
muito.

Os dois se olharam. Niki sabia que era um sonho e que aquele não era o verdadeiro Kim Seon Woo, mas todo seu corpo tremia quando ele recebia o olhar dos olhos verdes do Infinito.
O japonês suspirou e desviou o olhar para a grama abaixo de si. Tudo parecia sua casa e ele sentia falta.

- Você tem que voltar para mim. - disse o falso Sunoo, juntando a mão dele com a do menino sonhador. - Você tem coisas para me contar.

- Ah, Sunoo, eu... - a imagem ficou turva e escureceu, significando que estava acordando. - Eu não quero ir, Sunoo, não quero acordar. Eu tô com medo do que vai acontecer quando eu abrir os olhos, Sun. Por favor, me deixe ficar aqui mais um pouco.

Mesmo com a visão trêmula e escura, pôde ver que Sunoo sorria e apertava sua mão com a dele: - Não se preocupe, Niki. Ainda estarei aqui quando você dormir.







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Nishimura Riki abriu os olhos e ainda estava no meio daquela densa camada de plantas onde ele e seu colega se escondiam. O sol finalmente escurecia, mas não tão belo quanto no sonho e o barulho dos grilos era irritante.

- Estava dormindo tão bem que nem quis te acordar. - olhou para Jay, que se alongava na sua frente. Seus olhos estavam com olheiras enormes e profundas e seu rosto estava sujo de grama e sangue.

- Você devia tentar dormir também. - aconselhou e os olhos perdidos do outro olharam para longe. Nos últimos dias, Jongseong tinha esse olhar como se procurasse alguém que não estava em lugar algum.

- Já tentei, mas não consigo.

Com isso, a conversa se cessou e os dois partiram para voltar.
O plano em si era simples: para chegar até o comandante e avisá-lo da infiltração inimiga, seria necessário contornar o local sem serem vistos. O problema era que deviam ser uns dez deles para os dois se esconderem e o local era pequeno e apertado.

Eles foram, Riki sentindo suas pernas tremerem e sabia que
Jay atrás dele também estava nervoso. O lugar fedido que lembrava Niki do Inferno parecia mais assustador de noite, embora já estivesse acostumado com o clima do lugar, e a presença inimiga deixava mais tenso.

Enquanto caminhavam entre os entulhos, Niki tentava entender quando sua vida foi de comer maçã num campo para se esconder de pessoas que o matariam na primeira chance que tivesse. Seus olhos dourados, agora opacos e com olheiras escuras, recebiam com atenção tudo que aparecia na sua frente. cansados. Já fazia quase um ano que vivia naquela situação e ele não sabia como ele e seus amigos tinham passado por tudo.

Bom, quase todos - seu coração doeu quando lembrou dos cabelos estranhos de Jungwon.

Continuou caminhando, até não caminhar mais.

- Jay? - sussurrou baixinho sem ousar olhar para trás quando parou de ouvir os sons dos passos do amigo. Deus, por favor, eu não vou aguentar ficar sozinho, rezou.- Jay, me responda. Por
favor.

Ele olhou para trás, a cabeça fervendo com uma ansiedade que ele só sentira quando olhou para Jungwon correndo no meio do campo aberto. Jay estava, dentro do possível, bem.

O céu acima de nós ( adaptação sunki) Onde histórias criam vida. Descubra agora