Kim Sunoo sentiu o calor do Sol no seu corpo e isso foi o suficiente para acordá-lo. Maldito sono leve, pensou ao abrir os olhos para ver raios de luz passarem pelas frestas da janela.
Sua cama parecia muito confortável quando se levantou dela, contudo ele saiu mesmo assim. Não tardou muito e se vestiu, tirando os pijamas e pôs suas roupas que ele geralmente vestia: uma calca marrom escura e sua camisa de botão branca de linho, que foi um presente da família Nishimura para Sunoo no seu último aniversário, que foi de dezesseis anos. Provavelmente era a roupa mais chique que tinha, mas mesmo assim gostava de usá-la pois sabia que isso deixaria a senhora Nishimura feliz.
- Mãe. Não sabia que estava aqui. - foram as primeiras palavras ditas pelo menino naquele dia, ao sair do quarto e ver sua mãe com uma xícara de café nas mãos. A bela mulher olhou para ele com os olhos verdes gentis e sorriu.
- Estava esperando por você. Se tivesse demorado mais eu teria ido te acordar, na verdade.
Sunoo arqueou uma sobrancelha: - O que houve?
- Nada, meu amor. É que hoje vou precisar de ajuda na limpeza do jardim, não se importaria de ajudar uma velha mulher?-
-Óbvio que ajudo, mãe. Só preciso avisar Niki disso, por que tínhamos combinado de ir no parque.-
A mãe sorriu e pôs a louça suja dentro da pia. Saiu pouco tempo depois deixando Sunoo observando as flores do jardim pela janela da cozinha. Ele nunca iria admitir, mas achava o jardim dos Nishimura's um dos mais lindos que já tinha visto - não que ele tenha visto muitos, é claro. Niki provavelmente já deve ter visto vários, de várias formas e cores, nas viagens que ele costuma fazer.
Desde que se conheceram, os dois viraram bons amigos, mas mesmo morando no mesmo terreno, Sunoo percebia o abismo entre os dois. Era como se ele morasse no lado mais baixo e fosse obrigado a olhar para cima para conseguir ver Riki ofuscado pelo Sol que brilhava atrás dele como se fosse Deus. Bom, Sunoo sabia da diferença entre eles, que a realidades eram diferentes, mas nunca realmente se incomodou.
Sempre foi assim. Niki indo em viagens burocráticas com seu pai, para mostrar uma confiança falsa entres as diferentes nações aliadas da guerra e Sunoo limpando seu jardim, aguardando pela sua volta, porque ele sabia que Niki voltaria contando sobre o lugar que foi.
E Sunoo ouviria tudo, com seu rosto passivo de sempre, de vez enquanto adicionando um comentário para mostrar que estava dando atenção. Ele amava a forma que seu amigo contava e ria, fazendo comentários totalmente desnecessários sobre o hotel onde dormiu, ou sobre algum general que ele acabou se esbarrando e derrubou seu cantil com vodca russa que ele comprou escondido do seu pai. A forma que ele encarava Sunoo fazia ele quase conseguir ver a cena através dos olhos
dourados brilhantes.Uma vez, quando deviam ter uns catorze anos, Sunoo ousou perguntar como Niki conseguia lembrar de tudo que fazia ou via nos lugares. Era sempre surreal a quantidade de detalhes que ele carregava nas histórias que contava.
-Sunoo! A resposta é óbvia! - Niki simplesmente respondeu, enquanto organizava seu quarto (por causa que sua mãe mandou após ver o caos que estava). O menino dos olhos verdes amarronzadas estava parado no canto no enorme cômodo, se sentindo desconfortável pelo tamanho do lugar. Seus nós dos dedos estavam brancos de tão apertados que estavam. Niki nunca contou para ele, mas ele sempre percebeu a mania estranha de Sunoo.
Riki tirou a bola de futebol velha do canto da gaveta e rodou ela entre as mãos. Estava gasta e cheia de marcas de velhice o ninguém nunca entendeu o porque Niki não jogava fora. Bem, ninguém nunca perguntou para ele, senão ele provavelmente teria respondido
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O céu acima de nós ( adaptação sunki)
Fanfictionas vezes almas gêmeas estão destinadas a se encontrar, mas não a ficarem juntas. ✨O CÉU ACIMA DE NÓS✨ É um mundo cruel, mas existe beleza nele. Niki conheceu essa beleza em Sunoo, e esse era o único motivo que o manteve vivo naquela guerra: ver Su...