Capítulo 6: Harry

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Harry sabia que era uma bagunça, ele sabia que não era real, mas quando Harry estava chapado era o mais próximo que conseguia estar de estar na floresta.

Quando o sangue de Harry se transformou em lama e seu cérebro desacelerou, James e Lily voltaram para buscá-lo.

"Sentimos sua falta", dizia Lílian, afastando o cabelo de Harry da testa e sorrindo para ele. "Nós te amamos muito."

"Estamos muito orgulhosos de você, filho", acrescentava James com um sorriso torto.

Harry poderia chorar e se sentir confortável porque, no mundo frio e solitário em que estava preso, duas pessoas o amavam.

E outras vezes, era Harry sendo punido, como estava então.

"Você está se matando!" Hermione disse calorosamente, com as mãos nos quadris e os olhos estreitados. "Você espera que fiquemos parados e vejamos você morrer?"

"Já fiz isso antes," Harry balbuciou.

Então Ron interviria, repreendendo Harry por cada escolha estúpida que ele fez desde o fim da guerra.

"Você está chapado?" Ron sibilou, seus olhos úmidos e arregalados. "Cara, me diga que você não apareceu no funeral de Fred."

"Deixe-o em paz", George retrucou, parecendo tão bêbado quanto Harry estava chapado. "Fred não daria a mínima."

"Ele acharia engraçado," Ginny fungou. Ela olhou para Harry com tanta tristeza, seus olhos cheios de dor partindo o coração de Harry. "Eu não acho isso engraçado, Harry."

O que era bom, porque Harry não estava tentando divertir ninguém. Ele só queria dormir sem ver Tonks morta no chão, Remus gritando como se seu coração tivesse sido arrancado do peito.

Harry não queria ver Sirius, prometendo estar sempre lá e depois morrendo.

Harry não queria ver Teddy sendo mantido fora de seu alcance, porque as mãos de Harry tremiam demais para segurar seu afilhado.

"Você precisa de ajuda, Harry. Você está seguindo os passos de Sirius e não quero dizer isso como um elogio."

Foi uma acusação justa, Harry encontrou as poções e bebidas iniciais, comprimidos e cigarros, no quarto de Sirius.

Harry estava flutuando então, confortável em um abraço caloroso, sem fantasmas o incomodando. Apenas... quente. Alguém estava falando e Harry foi transferido dos braços quentes para um sofá aconchegante, que cheirava a óleo e tabaco, um cheiro que fez Harry desejar que Sirius estivesse ali.

"Estou sempre com você, Harry," Sirius disse solenemente. "Você vai ficar bem, eu simplesmente sei disso."

—poderia ter sido amigo de Gellert Grindelwald. Eu acho que a mente dela está indo, pessoalmente! Porém, não tanto quanto James, coitado, ele está convencido de que Harry estará mais seguro com Tony.
Alguns dias, fico preocupado que ele esteja certo. Se pudermos fugir neste Natal, talvez levemos Harry para conhecer seu outro pai? Não sei.
Sentimos sua falta, fique seguro.
Com muito amor,
Lírio

Harry poderia viver até os duzentos anos, mesmo que fosse a coisa mais cruel que se possa imaginar, e nunca perdoaria a injustiça de descobrir que Tiago Potter não era seu pai através das memórias de Severus Snape.

Foi de admirar que Harry tenha encontrado a bebida e os comprimidos no quarto de Sirius e encontrado o caminho mais rápido que pôde para o obliviar?

Harry deixou um gemido escapar por entre seus dentes quando alguém gritando rompeu a névoa na qual ele só queria nadar. Só quando as palavras pontuaram em seu cérebro é que Harry tentou abrir os olhos.

Ghosts & Roses - harry Potter x Vingadores  ( Tradução )✓Onde histórias criam vida. Descubra agora