Capítulo 75 : Draco

235 29 0
                                    


28 de dezembro

O lugar onde Potter morava era caótico, barulhento e decididamente não propício à calma e às energias curativas.

Onde quer que Draco fosse naquela tarde havia pessoas fazendo barulhos terríveis. Quando Draco foi perguntar a Hermione o que ela pensava sobre adicionar escamas de sereia em pó à poção em que estavam trabalhando, havia Weasleys fazendo barulho.

Charlie tinha um dos telefones trouxas que Draco queria obter. Draco comprou um antes, mas ele explodiu em seu bolso e deixou uma cicatriz horrível em uma área bastante privada. Draco não conseguia ver com quem ele estava falando, mas Ginevra e Ron estavam atrás de Charlie, fazendo uma variedade de comentários que fizeram Draco pensar que era algum tipo de parceiro. Hermione não estava zombando de Charlie para diversão de outra pessoa, mas ela tinha um sorriso nos olhos que fez Draco deixá-la em paz.

A próxima parada de Draco foi ver como estava Potter, que estava doente e deveria descansar. Potter estava... droga... Potter ia morrer.

Draco se sentiu mal só de pensar nisso, mas isso não mudou os fatos. Potter tinha DPOC que se transformaria em pneumonia se Draco não conseguisse tratá-la. Com a carga viral atual e a contagem de células de Potter? Draco apostaria sua reputação cuidadosamente reconstruída em Potter que duraria duas semanas com pneumonia.

Draco desprezava isso, de verdade. Não havia nenhuma célula dentro de seu corpo que quisesse ver o garoto que ele uma vez odiava e invejava em partes iguais sair dessa maneira. Harry Potter, o menino que sobreviveu, o homem que conquistou, morto.

Não por um Lorde das Trevas perturbado ou por uma batalha gloriosa e sangrenta, não. Potter morreria de complicações do vírus da imunodeficiência humana.

Lord Voldemort seria incapaz de receber o crédito; foi Gilderoy Lockhart quem teria acabado com a vida de Potter.

E Draco simplesmente não podia permitir isso.

Gilderoy Lockhart era o monstro no armário de Draco, o demônio que uma vez o humilhou na frente de seus colegas de classe. Gilderoy Lockhart levou a infância de Draco, sua saúde, uma grande parte dos pensamentos de Draco durante anos.

Gilderoy Lockhart não conseguiu matar Harry Potter.

Draco trabalharia incessantemente até encontrar a poção precisa – a cura exata – para trazer Potter de volta das portas da morte. Teve muito menos a ver com salvar Potter do que com garantir que Gilderoy Lockhart não tivesse nenhuma realização verdadeira quando Hermione tirou sua vida.

Talvez devesse ter incomodado Draco que ele soubesse, sem pensar nisso, que Hermione seria quem acabaria com a vida de Lockhart. Era quem ela era - Hermione era a garota corajosa e teimosa que mentiu sob tortura e Draco era o covarde que recebeu uma marca que nunca quis por crenças pelas quais teria morrido se não tivesse sido ensinado à força de forma diferente.

Os trouxas eram... perturbadores em muitos aspectos, mas eram a eles que Draco tinha que recorrer quando ficou doente. Foram eles que testaram seu sangue e seguraram sua mão e deixaram Draco chorar e gritar e quebrar muitas coisas durante seu ataque. Foram os trouxas que disseram a Draco que sua vida não havia acabado e que ele poderia sobreviver.

"Você vai sobreviver a isso." O médico da clínica que Draco encontrou tinha olhos muito gentis e uma voz que inspirava confiança. "Você parece um jovem forte. Não será fácil, mas você sobreviverá."

E Draco fez.

Draco sobreviveu e teve que garantir que Potter sobrevivesse.

O que seria muito menos extenuante se o teimoso demônio teimoso seguisse as instruções.

Ghosts & Roses - harry Potter x Vingadores  ( Tradução )✓Onde histórias criam vida. Descubra agora