dear my sad.

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Sad eyes passou praticamente todos os dias indo pegar café e rosquinhas na cafeteria, caronas depois do expediente, passar horas na calçada da minha casa, conversando sobre alguns filmes de máfia chicana, ficar deitados sobre o meu impala quebrado, olhando o céu de freeridge enquanto ele fumava sua erva e eu bebia meu whisky, era cada dia um encontro diferente, mas as horas com ele parecia congelar, aquela armadura de durão se desmanchava quando estava comigo.

Sábado o meu expediente era sempre mas curto, meu horário de saída era às 17:00 da tarde. Era pra ser somente outro sábado comum, mas ao ver Sad entrar pela porta da cafeteria, sentando-se na mesa de canto perto da máquina de música dos anos 80, ficando surpresa e tentando não direcionar minha atenção à ele, mas era impossível, dava pra sentir seus olhos me observando de longe e o quanto ele estava irritado por alguns caras bêbados que se sentavam no balcão onde eu ficava servindo, apenas pra me assediar com aquele uniforme pequeno e apertado.

Ao ver hora do expediente acabar, olho em direção a ele, observando ele permanecer ainda na mesa. Aceno com cabeça como se fosse um "Me encontra lá fora", pegando minha bolsa e meu caderno de desenho embaixo do balcão, caminho em direção a porta da cozinha do restaurante e saindo rapidamente.

Ao sair pela porta dos fundos da cafeteira, sinto as mãos dele em minha cintura, ficando cara a cara, notando cada traço do seu rosto e especialmente a tatuagem de cruz dos Santos em seu pescoço.

Sad eyes fala com rosto tão próximo ao meu e ainda com as mãos presa em minha cintura:

   —"Eu sei que não combinamos nada mas eu quis te ver e te levar pra casa!"

Deixando um sorriso se formar em meus lábios, enquanto olhava dentro dos seus olhos:

    —"Ok, então apenas me leve, eu estou cansada!"

Sinto ele retirar suas mãos devagar da minha cintura e se contendo com minhas palavras. Indo até o seu carro, entrando e me aconchegando no banco da frente. Sad eyes liga o moto do carro e dirigindo numa velocidade rápida, ele sabia que eu gostava de sentir a adrenalina e os ventos em meus cabelos.

Depois de quase 30 minutos de estrada, escutando o barulho motor se desligar por completo. Notando ele estacionar na varanda da minha casa. Saindo do carro, olhando ele sair e caminhar junto a mim, segurando as chaves do seu Impala entre seus dedos.

Ao chegar perto da porta, abrindo-a, deixando meia aberta, escutando Sad falar com a voz de nervosismo e meio contraído:

  —"Eu vou te deixar descansar Mel, seu dia deve ter sido estressante com aqueles bêbados te secando, juro que me deu vontade de acabar com eles!"

Escuto o tom de raiva na voz em sua voz, aproximando  devagar meu rosto do dele, o encarando com sorriso malicioso. Ao me ver tão próxima do seu corpo, ele coloca suas mãos em minha nuca, falo com a voz no tom suave e doce perto do seus lábios:

  —"Eu adoraria ver você acabar comigo agora!"

Mordendo meu lábio inferior com desejo, ao perceber, ele me aperta seu corpo, me dando um beijo caloroso e intenso. O beijando no mesmo ritmo sem conseguir desgrudar nossos lábios. Sad empurra a porta com força, entrando comigo e me colocando contra parede da minha sala.

 Sentindo sua mordiscada de leve em meu lábio durante o beijo. Ficando excitada, deixando escapar um suspiro de desejo,  Sad fica cada vez mas com vontade, assumindo o controle da situação, me colocando em seu colo e me levando até o sofá. Sinto ele me deitar, ficando por cima de mim e esfregando seu corpo no meu.

Ao sentir o volume do seu membro ainda na calça, sendo esfregado entre meu núcleo ainda vestido, dando chupadas em seu lábios, o mesmo fala de maneira ofegante com tesão em espanhol durante um beijo quente e selvagem:

"Me vuelves loco, mami!"

DELÍRIOS CHICANOOnde histórias criam vida. Descubra agora