baby don't

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Algumas horas depois do ocorrido melancólico, Oscar e eu ficamos conversando dentro do carro. Pra falar a verdade eu tinha ficado exposta, algo que realmente nunca acontecia, não era de mim, baixar a guarda. Mas precisava falar sobre o que me deixava, é foi com o Oscar,  ele foi um bom ouvinte, e eu nem esperava isso dele.

Ficamos sentados no carro, Oscar escutou atentamente cada palavra que se formava entre meus lábios mas me pausando com palavras duras:

"Não me dê outro susto desse hyna!"

o questionando com ar de raiva:

—"Porque está se importando com isso, Oscar? São minhas escolhas, você não pode querer opinar sobre elas!"

Oscar me encara bravo e falando com dureza novamente:

  —"Eu me importo desde do dia que a gente se beijou na quadra de basquete, caralho, Mel!"

O encaro de maneira rude, reparando ele ficar nervoso e o retrucando:

—"Éramos adolescentes, prometemos que nunca falaríamos sobre isso!"

Ele acena com a cabeça em negação e falando de maneira irônica:

—"Porquê me afastou daquele jeito? Você nem me deu um motivo ou explicação, acha que eu não merecia, porra? Crescemos juntos...!"

Mordo os lábios, falando no tom alto e com raiva:

—"Eu estava me apaixonando por você Oscar, e como uma adolescente rebelde e inconsequente, eu escolhi me afastar! Pra falar a verdade depois que minha mãe morreu, eu fiquei com medo de me apegar e acabar perdendo quem eu amo!."

Oscar leva sua mão em meu rosto, colocando seus dedos entre meus cachos, encostando devagar seu nariz no meu e falando baixinho perto da minha boca:

—"Você sabe que nunca me perderia!"

Sinto seu toque no meu cabelo, acariciando meu nariz no seu, fechando os olhos, deixando sair um suspiro ofegante, fazendo minha respiração colidir com a dele:

—"Eu não posso, eu estou com Sad! Isso não é o certo a se fazer agora, desculpa, não dá!"

Abrindo meus olhos e afastando nossos rostos, balançando a cabeça como uma negação.

Retirando seus dedos devagar, que estavam cravado em meus cachos, se afastando e permanecendo entre o silêncio. Ao sentir a tensão dentro do carro e os nossos olhares fixo estávamos prestar a esquecer que estávamos nos relacionando com outras pessoas. Abrindo a porta e descendo do carro, dando um boa noite, sem olhar pra trás. Enquanto ele me observava entrar dentro de casa.




DELÍRIOS CHICANOOnde histórias criam vida. Descubra agora