paint the silence

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Depois de cinco dias procurando por oscar incansavelmente em hospitais e hotéis pela cidade, o mesmo não havia ligado e nem dado notícias.

Ao voltar com césar pra minha casa, eu conseguia ver o desespero estampado em seu rosto. Ele estava abatido e desesperado, olhando pro celular a cada cinco minutos.

Chegando em casa, colocando minha bolsa na mesa da sala de estar, César se senta no sofá, olhando em direção a janela, pousando seus olhos perdidos lá fora e apertando seu celular com força em suas mãos. Até o mesmo sentir-me colocar minhas mãos sobre a sua e o perguntando:

     —"César, você está bem?! Olha, vamos achar o oscar ok, eu prometo!"

César me encara com um brilho de lágrimas em seus olhos, me perguntando com medo em sua voz:

   —"É se ele não aparecer Mel, se ele estiver... morto?"

Sinto aquela palavra ferir por dentro do meu peito, mas entrando em estado de negação e falando pro mesmo:

  —"Não, ele não está morto!"

César me observa colocar minhas mãos sobre minha barriga, logo em seguida, colocando suas mãos sobre meus ombros e dizendo:

—"Ei, não vamos perder a esperança não é Mel?! Vamos continuar procurando e lutando pelo meu irmão!Você e a minha sobrinha deveriam descansar, eu vou continuar a busca junto com a monse!"

Encaro césar, balançando a cabeça e afirmando:

  —"Não, eu estou bem... eu quero ir com você e continuar procurando em cada canto dessa cidade!"

César segura minha mão, me olhando com preocupação e falando:

  —"Mel, você levou um tiro, está grávida  e ficou por cinco dias dirigindo por todos os cantos da cidade. Você nem dormiu direito. Minha sobrinha, precisa descansar e você também!"

Abro um sorriso pequeno e tentando disfarçar meu cansaço, mas concordando com césar, ele estava certo por conta do bebê. Assento com a cabeça e falando apreensiva:

   —"Qualquer notícia, por favor me ligue!"

César me dar um abraço breve, vendo o mesmo se dirigir até a porta, a abrindo e indo embora. O grito constante dentro do meu peito não passava, caminhando até o meu quarto, me deitando sobre a cama, colocando minhas mãos sobre minha barriga e tendo a vaga lembrança do toque de Oscar em minha pele.

DELÍRIOS CHICANOOnde histórias criam vida. Descubra agora