Chapter 2

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Harry percorreu o campus da faculdade de medicina de Hogwarts numa velocidade impressionante naquela manhã, engolindo o último pedaço do Scone que viera comendo no carro antes de chegar à sala de aula, onde Dolores Umbridge o recebeu com um sorriso malicioso em sua cara de sapo:

- Ora, que alegria vê-lo se juntar a nós esta manhã, senhor Potter.

- Desculpe, com licença - murmurou, o rosto ligeiramente corado pelo esforço e a humilhação óbvia quando se sentou numa carteira ao fundo da sala, ao lado de um bonito rapaz de cabelos castanhos e olhos cor de mel que o encaravam com preocupação.

- Você está bem?

- Sim, obrigado, Cedric - suspirou, forçando um pequeno sorriso - Meu despertador não tocou e eu acabei perdendo a hora.

- Não se preocupe, isso acontece.

- É, mas foi um péssimo dia para acontecer...

- Agora que o senhor Potter fez a gentileza de se juntar a nós - a esganiçada voz de Umbridge os interrompeu - vamos começar nossa prova oral. E quem seria melhor para responder a primeira questão senão o próprio senhor Potter?

Ótimo.

Talvez um meteoro pudesse cair em sua cabeça agora - Harry pensava, desanimado.

- Diga-me, senhor Potter, quais os três principais fatores de risco da Síndrome Neuroléptica Maligna?

- Er... Bem...

Droga.

Droga.

Droga.

Ele não fazia idéia!

De repente, porém, um pequeno pedaço de papel foi empurrado em sua mão por baixo da mesa. E discretamente, ainda sob o olhar desdenhoso da professora, Harry observou seu conteúdo. Era a sua salvação.

- Pessoas catatônicas têm maior risco depois de receberem antipsicóticos - respondeu, olhando de soslaio para o papel em sua mão - E a agitação e a desidratação também se mostram um fator de risco, além do fato de um episódio anterior da Síndrome representar quinze a vinte por cento de chance deste se repetir, considerado, então, um fator de risco.

O olhar indignado de Umbridge era impagável.

- Tudo bem - grunhiu ela - você conseguiu dessa vez, Potter. Agora, vejamos... Smith, no que concerne aos neurotransmissores...

Olhando para Cedric com puro agradecimento, Harry murmurou silenciosamente: "obrigado" e o bonito rapaz ao seu lado apenas sorriu, ligeiramente corado. No final da aula, ao colocar os pés para fora da sala e finalmente se afastar dos grunhidos irritados da Cara de Sapo, Harry se jogou alegremente em Cedric, que imediatamente o rodeou com seus braços fortes de capitão do time de Rúgbi e um sorriso apaixonado no rosto bonito, o qual Harry sequer pareceu notar:

- Obrigado, obrigado, obrigado! Você salvou minha vida, Cedric!

- Não exagere - sorriu, ainda abraçando o menor - Eu salvei apenas o seu futuro acadêmico.

- E eu serei eternamente grato por isso!

- Não se preocupe Harry, fazer residência e ainda estudar para as provas horríveis da Umbridge não deve ser nada fácil.

- Você não faz idéia - suspirou, afastando-se dos braços fortes para desânimo de Cedric - Mas você também vai começar sua residência agora, né?

- Daqui dois meses, no Hospital das Clínicas de Hogwarts, residência em neurologia.

- Meus parabéns!

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