Chapter 8

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Nota: (1) Harry Potter e seus personagens não me pertencem. E sim a J.K. Rowling e a Warner Bros. Entertainment Inc. Essa fanfic não tem nenhum fim lucrativo, é pura diversão.
(2) Contém Slash (relação Homem x Homem), abordagem a Doenças Mentais (diversas delas), Lemon (sexo explícito entre os personagens), portanto se você não gosta ou se sente incomodado com isso, é simples: Não Leia.

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Três semanas se passaram desde o sequestro de Harry, quando Tom o fez deixar tudo para trás: seu padrinho, seus amigos, sua carreira promissora, ao embarcar numa bela lancha importada sem saber para onde esta o levaria. Desde então, boa parte de seus dias transcorreram em alto mar ou ancorados brevemente em portos de pequenos países do leste europeu. Agora, quase um mês depois, a lancha havia sido deixada de lado em Antalya, na Turquia, onde os dois se encontravam hospedados no Mardan Palace, o hotel mais luxuoso da Europa.

Se algum lugar pudesse refletir bem a personalidade megalomaníaca e narcisista de Tom, seria este resort palaciano, que possui uma das maiores piscinas ao ar livre na Europa e oito restaurantes à la carte comandados pelos melhores chefs. Além de oferecer uma área de praia privativa e quartos luxuosos, decorados em estilo tradicional otomano, com combinações de madeiras em tons escuros e ornamentos dourados, mobiliados com as peças mais luxuosas que se possa imaginar.

Não havia como negar, portanto, que Tom estava se sentindo em casa no suntuoso ambiente de ornamentos dourados e lustres de cristais, desfilando em seus ternos Armani e exibindo sorrisos arrogantes nas inúmeras reuniões com empresários turcos nas majestosas salas de reunião do hotel, algo envolvendo jazidas de petróleo a preço de ouro, ou alguma outra coisa ilegal que Harry preferia não saber, pois além de assassino psicótico, Tom acrescentava em seu currículo a carreira de estelionatário de primeira, cujos roubos e golpes milionários ainda hoje ajudavam a financiar sua vida de gastos e luxo.

Harry, por sua vez, não podia deixar de se sentir intimidado pelo ambiente tão suntuoso, algo nunca antes visto em sua modesta vida em Londres. Intimidado, irritado e deprimido, na verdade, seriam palavras perfeitas para descrever seu estado de espírito naquele momento. Tom o havia deixado ligar para Sirius de um celular pré-pago há dois dias e as poucas palavras que ele pôde trocar com seu padrinho foram para tranquilizá-lo e pedir que não o procurasse, pois poderia ser perigoso. Harry chorou muito naqueles doze minutos de ligação e ouvir a angustiada voz de Sirius o deixara com um gosto amargo na boca, porque ele sabia que talvez nunca mais voltasse a vê-lo. A dor havia diminuído um pouco desde então, mas o jovem médico ainda sentia a angústia consumi-lo, como se estivesse preso numa jaula de ouro, a jaula que somente Tom possuía a chave.

Ele não poderia fugir, pedir ajuda, ou tentar enganar Tom, pois este havia deixado bem claro que, se algo assim acontecesse, ele mataria todas as pessoas que Harry amava e o tomaria de volta de um jeito ou de outro. Harry, então, resignara-se à sua sorte, mas suas pequenas brigas com Tom exigindo sua liberdade mostravam que seu espírito ainda não havia sido completamente destruído.

- Posso ajudá-lo em mais alguma coisa, senhor?

- "Pode, chamando a polícia e me levando de volta para Londres" – Harry pensou, mas logo ofereceu um breve aceno ao garçom indicando que estava tudo bem. Em seguida, após tomar um gole do suco de frutas cítricas que havia pedido, o jovem médico de olhos esmeraldas resolveu dar um último mergulho na piscina coberta.

Após se secar, Harry colocou o confortável roupão felpudo do hotel sobre a sunga preta e voltou para a suíte, a suíte presidencial é claro, com suas paredes folheadas a ouro e lustres de cristais pendendo do teto, que, para aborrecimento de Tom, era apenas a segunda mais cara disponível, pois a suíte Royal já estava ocupada quando chegaram. Depois de colocar a calça jeans escura Dolce&Gabanna, a camisa de gola alta preta da mesma marca e os sapatos Gucci que Tom havia comprado para ele há alguns dias, Harry desceu para o coração do hotel, no piso térreo do Dolmabahçe Palace, pois Tom havia determinado que eles se encontrassem às 14h no elegante restaurante Bosphorous. Harry, no entanto, estava mais que satisfeito ao olhar para o relógio caro em seu pulso e constatar que este marcava 14h30min.

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