Chapter 7

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Nota: (1) Harry Potter e seus personagens não me pertencem. E sim a J.K. Rowling e a Warner Bros. Entertainment Inc. Essa fanfic não tem nenhum fim lucrativo, é pura diversão.
(2) Contém Slash (relação Homem x Homem), abordagem a Doenças Mentais (diversas delas), Lemon (sexo explícito entre os personagens) e, neste capítulo, Dub-con (ou "dúbio consentimento", isto é, talvez a relação sexual entre os personagens não tenha sido tão consensual assim, mas todos acabaram desfrutando no final), portanto se você não gosta ou se sente incomodado com isso, é simples: Não Leia.

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Ao encarar aqueles olhos vermelhos pela primeira vez em meses, Harry não viu o monstro que assombrava seus pesadelos, nem o cruel assassino que havia roubado sua virgindade na cama de um hospital psiquiátrico e lhe enviado partes decepadas do corpo de Cedric. Ele viu apenas os sedutores olhos que pareciam despi-lo lentamente, que refletiam uma inteligência aguçada e um humor sarcástico fascinante. Ele viu apenas os irresistíveis olhos que haviam roubado seu coração. Mas, de repente, a imagem do corpo sem vida de Cedric emergiu do fundo de sua mente; todo o sangue, o odor fétido, e a lembrança grotesca do corpo despedaçado de um pobre rapaz inocente estavam gravados a ferro e fogo em suas lembranças.

Harry apertou os punhos com força.

Ele precisava dar um fim nisso tudo agora.

No entanto, antes que o jovem médico pudesse alcançar a arma que trouxera consigo, antes mesmo que pudesse pensar em acabar com a vida de Tom e com todos os seus pesadelos de uma vez por todas, mãos fortes agarraram sua cintura e chegaram à arma antes dele. Neste momento, Harry fechou os olhos e sentiu o peso da derrota sobre seus ombros.

Agora, tudo estava perdido.

O barulho do disparo da arma ecoou por todo o local. E quando Harry abriu os olhos, a primeira coisa que viu foram os destroços de seu celular no chão frio da rua. O GPS em seu celular era a última esperança que ainda possuía de Sirius encontrá-lo.

- Você não vai mais precisar disso – o sorriso malicioso nos lábios de Tom fez Harry dar um passo para trás. O medo nos belos olhos esmeraldas, porém, parecia apenas divertir o maior.

Com movimentos fluídos e tranquilos, Tom guardou a arma nas costas, no cós da calça jeans escura, e se aproximou de Harry. Este, apesar do evidente medo dançando em seus olhos, não pôde deixar de notar o quão diferente Tom se parecia com a calça jeans escura bem ajustada ao seu belo corpo, a camisa vermelha que acentuava o perigoso brilho de seus olhos e o blazer preto combinando com sapatos da mesma cor e dando o arremate final. Ao sentir uma carícia em sua bochecha, Harry finalmente voltou a si e se afastou novamente, grunhindo para Tom:

- Não toque em mim!

Mas antes que Harry pudesse começar a xingá-lo de nomes que fariam até mesmo Sirius corar, Tom ignorou seus protestos e o puxou para os seus braços, iniciando um longo e violento beijo, possessivo, cheio de desejo e urgência. Para Tom, tocar aqueles lábios macios novamente, explorar aquela pequena boca cálida era como cruzar novamente as portas do paraíso. Harry, porém, não parecia pensar da mesma maneira:

Quando Tom finalmente o soltou, o jovem médico não pensou duas vezes e desferiu um furioso tapa contra o rosto satisfeito do maior.

- Não toque em mim! Não se atreva a tocar em mim, seu maldito bastardo! Seu assassino...!

Um brilho perigoso surgiu nos olhos de Tom e, neste momento, Harry viu as palavras morrerem em seus lábios avermelhados. Ele deu mais um passo para trás e desviou o olhar, pois aquelas perigosas joias escarlates refletiam agora o monstro sanguinário que havia desmembrado lentamente Cedric.

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