O Acordo | Supercorp - Gabs_L

Cap - 33

- Alô Alex? - Kara fala no telefone com sua irmã, sentindo um aperto no peito, um sentimento de preocupação. - Loise está com você? - Kara pergunta preocupada. - Já era para ela ter chegado... - A loira fala olhando constantemente para a porta, esperando que a filha entrasse a qualquer momento por ela com aquele sorriso no rosto. - Falar para eu não me preocupar é o mesmo que pedir para que eu surte Alex. - Repreende a ruiva enquanto revirava os olhos. - Tem alguém batendo na porta, calma. - Kara diz e vai até a porta atender, por uns instantes enquanto abria, rezava para que fosse sua pequena El dizendo que havia perdido as chaves, mas assim que abriu e viu uma ruiva mais alta acompanhada de uma ruiva menor desolada, soube logo que sua intuição estava certa. Algo havia acontecido com Eloise.

- Tia Kara... A El... Eles... - Amber fala chorosa e nem conseguia terminar a frase sem que um soluço aparecesse. O coração de Kara disparava no peito, mas tinha que se manter calma, por Amber.

- Calma Amber. Respira. - Kara diz segurando nos ombros da garota e olhando para Rebeca. - Olá Rebeca. - Ela fala para a ruiva mais velha, que também estava preocupada.

- Olá Kara. Será que podemos entrar? - A ruiva pergunta com o tom de voz calmo, sabia que assim que Kara soubesse, desmoronaria, era o que ela faria se fosse os papéis inversos.

- Claro. Entrem. - A loira pede e suspira fechando a porta. Estava apenas prolongando a notícia, seu coração sentia. - Querem uma água?

- N-não tia. Obrigada. - Amber agradece e respira fundo. - Desculpa entrar assim... Nesse estado. É que... Ainda não caiu a ficha. - Amber fala mexendo em seus dedos. Céus! Se ela estava devastada, imagina Kara quando soubesse...

- Amber... Conte de uma vez. - Rebeca pede segurando na mão da filha que estava tremendo no sofá.

- Eu e Loise estávamos num banco em uma das ruas que são acesso ao colégio. Coisa de 2 quarteirões. Brigamos sobre uma crise de ciúmes minha e sentamos em um banco para nos acertarmos. - Amber fala respirando fundo. - Estava tudo bem... Então Loise do nada se levantou e pediu para mim correr o mais rápido que eu podia e não olhasse para trás. Eu fiz isso, mas olhei para trás... 4 homens... Eles... - Amber fala e então volta a chorar.

- Amber... - Kara fala tentando segurar as lágrimas. - Preciso que termine, por favor...

- Eles a sequestraram tia! Sequestraram Loise! - Amber fala e volta a se desmanchar nos braços da mãe, o sentimento de culpa martelava no peito da ruiva. Por que ela correu? Por que não gritou por ajuda? Por que não ficou? Céus! Ela se sentia a pior pessoa do mundo, já era a segunda vez naquele dia. - Ela mandou eu correr e disse que tava atrás de mim, eu corri, eu acreditei nela, mas quando olhei pra trás, ela estava sendo segurada por-por três homens, eles jogaram ela no porta malas e sairam. - A menina tremia dos pés a cabeça completamente devastada pela notícia que estava dando a mãe de sua melhor amiga, e quase namorada. - Eu... Eu não devia ter feito isso. - Ela fala se lamentando enquanto não deixava de chorar desesperadamente. - Eu a deixei... Eu a deixei lá!

- Você fez certo Amber. - Kara tranquiliza a garota enquanto deixava derramar as primeiras lágrimas daquele dia. Por que Loise tinha que bancar a heroína? - Loise é que quis bancar a heroína. - Kara fala e revira os olhos com um sorriso mínimo ao lembrar da personalidade da filha. - Infelizmente querer bancar a heroína é de família. - A loira fala olhando para o recém curativo do braço. Droga! - Gente agora eu tenho que fazer algumas ligações. - Kara fala séria e tira o telefone do bolso. - Podem continuar aqui se quiserem, vou apenas ligar para a minha irmã... Comunicar... - Kara fala nem conseguindo terminar suas palavras.

- Tudo bem. - Rebeca fala e olha para a filha, Amber não tinha condições de ficar ali naquele estado. - Acho que está na hora de nós duas irmos mesmo. - Ela fala e Amber olha para a mãe com indignação.