Explorando o ambiente.

152 15 9
                                    

- Mostem-me suas plaquetas de identificação, antes de tudo. - O homem exige enquanto se põe em alerta.

Ambos aproximam as plaquetas, agora postas como pingente do colar de esferas que eles obrigatoriamente utilizarão de agora em diante, durante seus expedientes.

O agente desbloqueia um smartphone e lança uma mensagem de texto em uma rede de comunicação entre os funcionários responsáveis pela segurança. Em seguida, pega um rádio preso ao seu traje e se comunica em um canal privado e exclusivo da empresa. - Identidade dos novos funcionários confirmada por Shinobi, às 23h20.

- Então, devemos chamar-te de "Shinobi"? - Dazai pergunta, ocultando o quão brega ele achou aquele codinome.

- Positivo. - Ele confirma, indiferente. - Sigam-me, preciso apresentar os cômodos para ambos. - Ele gesticula, em seguida, para que os dois passem na frente do mesmo, por questões de segurança.

-------

Após dezenove minutos, o funcionário apresenta todas as salas que a dupla precisa conhecer, para monitorar.

-------

- Isso é tudo o que vocês devem conhecer para começar o trabalho. Qualquer problema, falem conosco por seus rádios. - Shinobi entrega um rádio para cada. - Ambos estão carregados. Deixem-nos na recepção ao final do expediente. Agora, façam seu trabalho, estão começando pontualmente, às 23h40.

O agente sai do ambiente, sem despedidas, indo até a área externa. Ele deixa "Kurosawa" e "Yamazaki" apenas com os olhos discretos e indiscretos das numerosas câmeras de segurança do ambiente.

Com expressões indiferentes, apenas separam-se pelo perímetro e monitoram incansavelmente cada mísero cômodo designado, por longas e tediosas cinco horas e vinte e cinco minutos.

- O detetive vai furtivamente ao cômodo que o ruivo monitora. - Takashi, final de expediente. - Ele sussurra, para assustá-lo.

O mafioso dá um pulinho quase imperceptível, ignora o pequeno susto que teve e sai do ambiente, ignorando Dazai parece satisfeito e segue-o. Ambos vão até a recepção e põem os rádios em bases carregadores, disponibilizadas para os mesmos.

Chuuya entra em seu carro e ativa um mecanismo o qual detecta aparelhos como escutas e rastreadores, felizmente, nada foi detectado. Ao já estar há trinta minutos de distância da empresa, Dazai toma uma iniciativa em interagir.

- Estavas tão focado ao ponto de assustar-se com um sussurro? - Ele ri ao lembrar da cena.

- Jogarei-te para fora do carro, de teu jeito para andar pelos próximos mais de cem quilômetros e entrar em casa!

- Uiui, todo irritadinho, ele. Que medo!

- Pare de debochar!

Dazai ri bastante, porém, não diz mais nada.

- Vou beber umas taças de vinho para esquecer da tua existência, quando chegar no bunker...

- Sei que não me odeias, não tanto assim...

Trinta minutos dissipam-se rapidamente e Chuuya resolve falar.

- Não sabes de nada, Dazai, nada mesmo.

- E se eu te dissesse algo um tanto interessante?

- Não volte minha atenção para ti, estou dirigindo.

- Serei o centro da tua atenção quando chegarmos em casa, verás.

- Espera sentado, em pé cansa.

Aparentemente, ele não conseguiria trocar uma frase sequer com o outro, hoje.

Em Parceria A Longo Prazo.Onde histórias criam vida. Descubra agora