Capítulo: I Love You I - 10

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‧࣭․👑՚͓⋆
Noah P.O.V

Os primeiros raios do dia já saíam, e eu, agora, mesmo pós algumas horas do fim da festa, encarava o teto, viajando em cada palavra de Josh, sem conseguir pregar os olhos por um minuto sequer.

Como eu, Noah Urrea - um Cinco, um ninguém - fui me apaixonar pelo príncipe? Por alguém da casta Um?

Como isso tinha acontecido comigo?

E eu estava feliz. Talvez pela primeira vez em tanto tempo. Eu tinha a certeza, certeza do que eu finalmente queria. Não havia mais medos, receios. Só havia nós dois em mim. Eu estava apaixonado. E não era mais estranho dizer isso.

Fui retirado dos meus pensamentos felizes por batidas apressadas na porta. E antes que eu pudesse sequer me lavantar para abrir, Sina, Any e Sabina de maneira apressada, entram no quarto, carregando um saco de roupas.

Com um semblante tenso. Any foi a primeira a me encarar.

-Noah... Temos... - ela gagueja. -, Temos negócios importantes esta manhã. Você precisa se aprontar.

- Negócios importantes? - perguntei. -, O que aconteceu?

Any olhou para Sina, e eu fiz o mesmo. Sina balançou a cabeça, e foi só. Encarei Sabina, que com as mãos trêmulas, agora colocava as roupas na cama. Me lavantei, sentindo minha cabeça girar pelo excesso de champanhe. O resto da comida da festa se tornara chumbo em meu estômago. Minhas mãos agora suavam.

- O que aconteceu?

As três continuaram em silêncio.

- O que aconteceu? - perguntei novamente.

Encarei Sina, que me assustava.
Ela costumava estar sempre composta, mesmo nas situações mais difíceis e estressantes, mas hoje se movia como se tivesse dois sacos de areia nas costas, de maneira tensa. Estava curvada de tantas preocupações. A todo instante, fazia uma pausa e esfregava as mãos na testa, como se assim pudesse suavizar a ansiedade em seu rosto.

- Não temos autorização para contar, Noah. -, Any diz, encarando as meninas.

As três evitavam olhar para mim, concentrando sua total atenção a retirar um terno preto de dentro do saco.

E quando rosas negras se desprenderam do tecido, se chocando contra o colchão, senti o chão sumir por instantes, levando minha respiração consigo. Eu sabia oque aquilo significava.

- Quem morreu? - Minha voz agora se tornara um pouco mais que sussurros.

E Sabina foi a primeira a me encarar. Vindo até a mim, secando as lágrimas que ameaçavam cair de meus olhos, ela segurou em meus ombros.

- Ninguém morreu - ela respondeu, mas sua voz não era reconfortante, era rígida. Nervosa. -, Agradeça aos céus por isso quando tudo acabar. Ninguém morreu hoje.

As três me forçaram a ir para o banho, e enquanto eu o tomava, um choro baixinho soava do lado de fora, e agora, o mesmo nervosismo e agonia, tomara conta de mim completamente.

A ultima coisa que eu ouvira de uma delas antes de sair do quarto para onde quer que eu fosse, foi a assustadora frase: que eu precisava ser forte.

Meu corpo gelou conforme de maneira trêmula, caminhei em direção a entrada do palácio. Com o recado que Sina me dera antes de sair, repetindo de maneira eterna em minha cabeça.

Para minha imensa surpresa, ao chegar encontrei os demais garotos. Todos de preto, com suas rosas. Uma onda de alívio. Eu não estava encrencado.

Ou todos estávamos, e pelo menos eu não passaria por tudo isso, seja lá o que fosse, sozinho

The Five - NoshOnde histórias criam vida. Descubra agora