Capítulo: Pretty When You cry I - 8

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‧࣭․👑՚͓⋆
Noah P.O.V
8:36 AM

E mesmo agora, mais uma semana, na fila com os outros garotos na entrada do palácio. Ele não aparecia.

Tentei controlar meus pés nervosos. Eu estava tão aflito, tão nervoso que Heyoon agora me encarava com desaprovação. Sabia que o jeito que eu agia, o meu nível de nervosismo, era inaceitável. Os funcionários andavam de um lado para outro no salão de entrada, os invejei por terem autorização para andar.

Talvez se eu pudesse fazer isso eu ficasse um pouco mais calmo.

Meus olhos vagaram novamente pelo salão de entrada. A procura de alguem específico, alguém que tinha o poder de apenas com um olhar dizer que tudo ficaria bem, que eu me acalmasse. Mas esse alguém parecia nunca mais vir. E mesmo que estivesse aqui, por perto, e eu provavelmente estivesse mais ansioso e nervoso do que agora só por tê-lo aqui neste momento, eu ainda preferia isso a essa distância. Mas esse era um problema, a distância. Era algo que depois de tudo, passou a existir e se tornar um problema. Um problema que eu não conseguia lidar. E que eu teria que levar em consideração em algum momento. Ele não tinha tempo para mim. E quando heyoon sorriu, nos encarou e anunciou que eles haviam chegado, me desprendi da minha melancólia e suspirei, dissipando parte do nervosismo.

- Muito bem, senhores! - Heyoon grita. - Hora de capricharem nos modos! Mordomos e Criadas, perto da parede, por favor!

Todos nós tentamos ao máximo ser os jovens polidos e adoraveis que heyoon queria que fossemos. Mas era uma batalha perdida. A medida que os familiares de cada um passavam pela entrada. Os nossos modos já não mais existiam, e eu agora, era um dos que corriam de olhos marejados em meio a todos os outros.

- Sav!

Assim que me ouviu gritar, Savannah também correu em minha direção. Se jogando em meus braços e por segundos que pareceram minutos, senti meu mundo se esvair, ou melhor, explodir em fogos de artifícios ao meu redor. E quando os braços fortes do meu pai me abraçaram e mais duas figuras se juntaram, finalmente, após meses, me senti em casa novamente, mesmo sendo apenas nós 5 ali, abraçados no palácio, chorando.

Não existia mais aulas de etiquetas, insegurança, Heyoon, solidão, medo. Só existia nós. Minha família. Meu coração parecia querer sair do peito. A saudade se tornara algo tão grande, que a maior dor e dificuldade que eu havia sentido parecia agora a necessidade de pensar em nos desvencilharmos daquele abraço. Por mim, moraria ali, viveria esse momento por toda a eternidade.

- Estou tão feliz de vocês estarem aqui.

- Também estamos. - meu pai beija minha testa, e em seguida, tenta enxugar as lagrimas que caiam de maneira desenfreada de meus olhos. Retornei a abraçá-los, agora cada um por vez, mais demorado. Sabia que sentia a falta deles, mas só agora havia notado o quão sufocante tinha sido a distância.

- Você está tão lindo, querido. - Minha mãe me encarava acariciando meu rosto. - Parece um príncipe!

Sorri. Era bom ter minha general ali. Sem ordens ou perguntas, ao menos uma vez. Sentia saudades disso. De tudo.

E antes que eu pudesse partir para Savannah novamente, ela arregala os olhos, olhando para mim.

- É ele. - ela sussurrou.

- Hein? - A perguntei, arqueando uma das sobrancelhas e me virei. Engoli em seco, sentindo agora minhas mãos suarem e meu coração pular, quando Josh, descia as escadas e agora caminhava em nossa direção. Com um sorriso estranhamente lindo. Ele estava tão bonito, tão radiante, nunca havia o visto daquele jeito. E era estranho, estranho como todas as vezes que eu o via as coisas pareciam mudar, era algo diferente, eu me sentia diferente. Eu não conseguia não ficar inquieto, não conseguia não o admirar. Até mesmo quando as coisas não estavam bem. Ele conseguia mudar isso. A essa altura meus olhos deviam estar brilhando. Mas era assim também que eu o enxargara, ele brilhava em mim.

The Five - NoshOnde histórias criam vida. Descubra agora