"Na maioria das vezes eu não sei onde você está.
Não sei para onde vai quando me olha com esses olhos tão frios, mas que de algum jeito se tornaram o único ponto brilhante em minha vida.
Não sei para onde vai quando diz que me ama, mas me machuca...
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𔘓 ؛𝑠𝑡𝑎𝑦 𝑤𝑖𝑡ℎ 𝑚𝑒, 𝑖 𝑑𝑜𝑛'𝑡 𝑤𝑎𝑛𝑡 𝑦𝑜𝑢 𝑡𝑜 𝑙𝑒𝑎𝑣𝑒𓆸
🌘 ┈─ 🌕
𓆩♡𓆪
O universo parece estar a ponto de se desmanchar diante dos meus pés.
A realidade melancólica se desfaz diante dos meus olhos enquanto sinto o estilhaçar de mais uma nova sentença.
Meu corpo formiga, o mundo parece o paralelo de uma nova galáxia sem fim. Simplesmente tudo se espatifa à força da minha angústia.
- U-Usui...? - chamo seu nome, há tempos seco na minha garganta, enquanto meus lábios tremem.
É ele.
O mesmo cabelo negro e os olhos intensos, a mesma expressão fria e controlada e a áurea pesada.
É meu irmão.
Aquele que procurei sem descanso quando fui libertada daqui e aquele que nunca apareceu.
Usui está mesmo aqui.
Enquanto meu corpo congela os seus passos seguem firmes na minha direção.
Mas minhas forças de repente se perdem quando o sinto mais próximo de mim.
E sei que não é uma fraqueza natural.
E quando desmaio, sei que Usui é o causador disso.
❥
Meu corpo parece envolto de uma fina, mas macia camada de plumas.
Minha mente descansa no véu de uma escuridão que parece aplacar até mesmo a minha alma, mas que aos poucos abre espaço para minha consciência.
Assim que abro os olhos dou de cara com o teto branco, me remexo no que vejo ser uma cama de solteiro, encostada contra a parede, onde noto uma janelinha.
Analiso o ambiente, me dando conta de que estou em um pequeno quarto simples de cores neutras, que não se parece nada com meu apartamento ou com a casa de Usui.
Onde estou?
Sinto aquele desespero antigo me afugentar a alma.
Me lembro de quando acordei no porão de Suguru e soube que minha vida acabaria ali. Sinto aquela angústia que parece sentenciar minha alma a um calabouço de pensamentos intrusivos que me afogam.
O trauma antigo mexe tanto com minha cabeça ao ponto de eu não poder ao menos me mover com clareza.
- Emma? - a voz aveludada surge no meio da escuridão da minha cabeça e só quando volto a estar sã me dou conta de que Usui está bem aqui na minha frente.