❗️ESTA OBRA É UM DARK FANTASY❗️
TUDO COMEÇOU NO ANO DE 1983 E UM GRUPO DE ADOLESCENTES JOGANDO D&D...
Não é fácil viver em um mundo que, há séculos, foi condenado a um sofrimento eterno por manchar suas terras com sangue inocente, mas é ainda pior s...
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19, Novembro de 1983 Delegacia; 07hs49min
Não eram nem oito da manhã, e o sábado já parecia fudido.
Com a cabeça explodindo de estresse, Joseph aguardava do lado de fora do portão enquanto Heloiza secava suas mãos para atendê-lo.
O elegante traje acinzentado feito por medida nunca vestiu o corpo, levemente musculoso, tão bem como hoje. A julgar pela expressão – surpreendente tediosa – ele duvidava que seu dia não poderia piorar antes do seu escritório ser invadido por mais uma mãe desesperada, esta relatava que o filho, Zion, não voltara para casa desde a busca noturna, consequentemente apontando a culpa para ninguém menos, que Maya.
Mas ele não acreditava que a garota poderia estar por trás disso.
– Sra. Zahara, sua filha está? – A mulher, com vestes simples, concordou com a cabeça e antes de lhe questionar a pergunta, Joseph prosseguiu. – Diga a ela para nos acompanhar até a delegacia.
As luzes azuladas e avermelhadas chamavam a atenção de quase todos os habitantes da Vila dos Lírios, raramente era possível ver os policiais agindo como tal, e quando acontecia um bando de curiosos faziam questão de observar. Se sua presença rápida na delegacia não dominara a boca do povo, com certeza, um passeio na viatura lhe renderia o dobro que o mero salário sustentável do delegado.
– É sério isso? – questionou a garota, com a voz embaraçada pelo sono interrompido e os olhos minúsculos devido a claridade que os queimava. – Não poderiam chamar mais atenção?
– Podemos ir, ou teremos que esperar a princesinha tomar café? – Retrucou Joseph, com deboche, provocar as pessoas era seu forte.
– Vai me algemar como da última vez também? – Ergueu os pulsos com ironia.
Maya conjurou um sorriso sem graça.
– Apenas entre no carro! – Daniel exclamou, com o intuito de interromper a briga infantil dos dois.
– Não se preocupe, Sra. Zahara. Traremos sua filha assim que terminarmos. – Finalizou Joseph, antes de entrar na caminhonete.
– Que ótimo! – resmungou revirando os olhos, logo se jogando contra o banco de trás da caminhonete.
