❗️ESTA OBRA É UM DARK FANTASY❗️
TUDO COMEÇOU NO ANO DE 1983 E UM GRUPO DE ADOLESCENTES JOGANDO D&D...
Não é fácil viver em um mundo que, há séculos, foi condenado a um sofrimento eterno por manchar suas terras com sangue inocente, mas é ainda pior s...
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19, Novembro de 1983 Casa dos Zahara; 19hs55min
Os fios ondulados tomavam o travesseiro, velho e rasgado, o corpo fragilizado ocupava uma pequena parte da cama; sem nenhuma expressão, apenas adormecendo. Quando a voz de um ser fútil ecoou dos muros, invadindo seus tímpanos como um zumbido irritante.
Ela o ignorou e se cobriu aumentando o volume da música que tocava nos fones. Suspirou, pedindo para que a noite de sábado não fosse pior que a noite passada.
Odiava saber que Maxwell espreitava da rua, encarando a porta de lata envidraçada na extremidade da varanda a sua frente, esperando que alguém fosse abrir o portão.
A batida na porta em um minuto seria inevitável se ela se recusasse a atender ao chamado. Heloiza não seria inconveniente em atender, visto que o garoto chamara a filha. Nunca houve uma porta fechada quando se trata de sua visita.
Mas ela não estava com disposição para a batalha. Não naquela noite.
Sequer apertou o interruptor de luz ao lado da porta antes de vestir um moletom que estava jogado pelo chão. Tudo tão bagunçado quanto no dia que comemoraram o primeiro aniversário do irmão.
Com um suspiro, Maya chutou o cobertor da cama, tirou os fones e foi atender o portão. Na base do ódio.
- Oi, amor. - A voz suave do garoto ressoou no ouvido de Maya quando ele tomou a frente atravessando o portal em sua direção, envolvendo sua cabeça entre os braços e depositando um leve selar em sua testa. - Posso entrar?
Talvez devesse perguntar o que fazia ali. Não que aquilo importasse. Nem eram oito horas da noite e sua aparição repentina evidenciava nitidamente suas intenções.
Não que tivesse chances de recusar, mas ela o teria dispensado de qualquer forma. Apenas deu espaço para que ele pudesse seguir caminho.
- Maxwell? Que surpresa. - Cumprimentou Heloiza, em frente ao fogão. - Maya não me disse que você viria, se não tinha preparado alguma coisa.
- Não se preocupe. Quis fazer uma surpresa para a minha bonequinha. - Os cantos de sua boca se ergueram em um sorriso labial, envolvendo um de seus braços sobre os ombros da garota.
