❗️ESTA OBRA É UM DARK FANTASY❗️
TUDO COMEÇOU NO ANO DE 1983 E UM GRUPO DE ADOLESCENTES JOGANDO D&D...
Não é fácil viver em um mundo que, há séculos, foi condenado a um sofrimento eterno por manchar suas terras com sangue inocente, mas é ainda pior s...
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18, Novembro de 1983 Delegacia; 22hs52min
A garota de cabelos ondulados parecia hipnotizada.
Não, não assustada, Daniel Clark se deu conta ao observá-la pelo espelho falso da delegacia. Ela parecia normal.
Ela estava sentada à mesa de metal no meio da sala de interrogatório, olhando para o vazio. Como fizera nas últimas duas horas.
Bem diferente da garota que Daniel e a unidade encontraram na Floresta Proibida, a calça jeans rasgada, o converse sujo de barro, o braço esquerdo ferido durante a fuga no matagal que Daniel acreditava que ela deveria estar gritando de dor. Parecia uma pessoa normal, apesar do terror que testemunhara, ou o medo que corria em suas veias.
E, levando em conta que não apenas era uma fonte de informação sobre o que vira na floresta, como também uma suspeita no desaparecimento das meninas, Daniel tomou a decisão de algemá-la sobre a mesa.
Uma ríspida voz de homem perguntou da porta a suas costas.
- Ela ainda não falou?
Foram necessários quase três anos de treinamento, dentro e fora de campo, para que Daniel não se encolhesse ao som daquela voz. Para que se virasse lentamente para o delegado que sabia estar encostado no batente da porta; o xerife que era meio difícil de se entender devido a sua arrogância e brutalidade.
Entretanto, os cortantes olhos azuis de Joseph Briggs permaneceram fixados no vidro. Em Maya Ayanna.
Levando em conta o que vira Joseph fazer com inimigos e alvos afigurados, não parecia nenhuma surpresa.
- Ela não disse uma palavra desde que chegou, senhor.
Joseph cerrou os olhos à medida que observava a garota.
- Os outros, disseram algo relevante ao desaparecimento? Ou o que faziam na floresta naquela hora?
Daniel ajeitou o chapéu sobre a cabeça suplicando aos deuses, pedindo que seus tímpanos não acabassem estourando antes do jantar.
- Todos disseram as mesmas coisas, senhor. Estavam procurando a Sam e encontraram um monstro na Caverna da Lua.
As palavras soaram com cautela.
- Espera, o quê? Monstro? Caverna da Lua? - Franziu o cenho contorcendo os lábios. - Onde diabos é Caverna da Lua?
