- O Felix foi embora? - Hyunjin perguntava sentado no sofá da minha sala, depois de me dar uma carona para casa quando viu Min-ji e eu conversando no estacionamento da escola.
- Foi nesse domingo. - Me sento no sofá do lado dele com um copo de água para o mais velho. - Obrigada por me trazer para casa.
- Não foi nada Hannie.
- Acho que te devo uma explicação. Sabe... É como dirigir, entende? Me imagino dirigindo e dá tudo certo, mas quando entro no carro, congelo totalmente, e eu não sei o que fazer.
- Sei. - Ele concorda. - Não entendi.
- Vou começar de novo. - Rio nervoso. - Hyunjin...
- Sim? - Respondeu bebendo a água que eu tinha lhe entregado.
- Você foi o primeiro de quem eu gostei. - Hyunjin para de beber e me olha profundamente, procurando alguma resposta sobre a minha frase. - Todas as outras cartas, eram fantasias, fantasias que eu fazia na cabeça. Mas a sua era porque eu te conhecia mesmo. E só percebi o que acontecia quando começou a namorar o Felix. - Respiro segurando o choro que está começando a me dominar. - Mas com o tempo, esse sentimento foi sumindo, e eu senti falta do meu melhor amigo. E não era amor. - Sorrio.
- Por que não disse isto Hannie? Você sabe que eu entenderia.
- Bom... Não podia. Só descobrir com o Minho.
- Claro. O Minho. - Revira os olhos de uma forma frustrado.
- O que eu quero que você entenda é que era real de uma forma diferente. E espero que me desculpe. - Aperto minha mão contra a outra.
- Não tem que pedir desculpa, eu entendo o que você sentiu. Foi o que aconteceu comigo e com o Felix. Menos as mentiras e todo o resto. - Brinca.
- Você parou de amar o Felix depois que ele rompeu o namoro?
- Não. Não na hora. - Se ajeitou no sofá. - Mas depois tudo mudou. Quando mais tempo ele ficava fora, mais eu entendi o porque ele rompeu. - Hyunjin olha para mim de uma forma curiosa. - Sente o mesmo sobre o Lee-Minho?
- Sei que não gosto dele. - Minto.
Eu sei que sinto algo pelo Lee, mas não quero sentir, quero deixar esse sentimento de lado, quero não poder amar Lee-Minho.
- Gostei de como ele te defendeu hoje, mas deveria ter feito isso mais cedo, mas pensando bem, é um bad Boy, eles aprendem devagar.
- Você está sendo um esnobe! - Rio.
- Hannie... Se sente falta dele, por que não lhe diz isso? - Perguntou confuso.
- E-eu não posso.
- Por que não?
- Porque se não for real, não perdi ninguém. Mas se eu disser que foi real, e ele não me quiser...
- Pelo menos você saberá. - Me corta. - Precisa dizer o que sente quando sente as coisas. Não pode ficar no quarto escrevendo cartas que nunca enviará. - Hyunjin faz carinho na minha bochecha. - Minho nem estaria na sua vida se as cartas não tivessem sido enviadas.
- É, isso é verdade. - Suspiro. - Não sei, estou cansado de escrever cartas de amor. Seria bom receber uma delas.
- Han Jisung, tenho algo para você. - Olho para trás e vejo Jeongin com a caixa que a mamãe me deu. A mesma caixa marrom com esquilos estampados. - Não me mate. - Me entregou a caixa. - É que você ficava jogando fora, e achei que era algo que você devia guardar.
Abro a caixa e vejo as cartinhas de Minho. As cartinhas que ele me mandava para fazer ciúmes na Min-ji.
- Você guardou tudo isto? - Pergunto para o menor. Que concorda com a cabeça sorrindo.
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Para Todos Os Garotos Que Já Amei - Minsung
Fiksi Penggemar[CONCLUÍDA] Han Jisung guarda suas cartas de amor em uma caixa marrom com esquilos estampados que ganhou de sua mãe. Não são cartas que ele recebeu de alguém, mas que ele mesmo escreveu. Uma para cada garoto que amou - cinco ao todo. São cartas sinc...