Capítulo Seis

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Quase 2 horas depois, eles chegaram na entrada da floresta e desceram do carro.

—— Arigatõ, Senhor —— Paga o motorista e se curva, observando o táxi voltar —— Pronto moleque.

—— Porque me chama desses nomes? Eu te dou apelidos e você só me xinga! —— Diz um pouco chateado.

—— Não são xingamentos. São apelidos carinhosos! —— Se defende e mais uma vez lhe dá um peteleco na testa —— Para de reclamar.

Ele o coloca no chão, vendo-o se transformar novamente. Testa vez tendo 9 caudas douradas.

—— Uai!? —— O olha perplexo —— Como assim nove!??

—— Elas dão trabalho e eu podia quebrar algo sem querer... —— Fala tímido e com um pequeno rubor nas bochechas —— Você acha estranho?

—— Não!! Você parece um ursinho —— Diz com um olhar bobo —— Fica assim em casa?

O pequeno dá sorriso corado com as caudas balançando alegremente.

—— Vamos, Suker! —— Pega na mão dele e sai o puxando pelo meio das árvores.

A floresta era iluminada pela luz da lua e pelos vagalumes que passeavam pelos arbustos com os sons dos grilos e das corujas preenchendo o lugar, porém não era assustador, mas sim calmo e bonito de se admirar. Quando está de dia, as árvores grandes são bem iluminadas pelo sol, com suas folhas bem verdes e o chão gramado. A terra cheirava a flores de cerejeira com muitos pássaros cantavam e voavam alegremente.

Um lago foi avistado pelos olhos Ônix do Uchiha, ela era perto de uma trilha que ele fazia quando morava ali perto. O céu era refletido na água que o hipnotizou e os cheiros ao redor lhe davam  paz.

—— É como se eu estivesse em casa... —— Sussurra, as folhas das árvores balançando como se a natureza estivesse contente com sua frase.

—— Em breve estaremos aqui, Sasu-chan. Mas primeiro, temos que cuidar da sua mãe e impedir que construam uma fábrica aqui! —— Seu tom era sério e o puxava para o mais fundo da floresta.

Umas meia hora de caminhada, dava para ver alguns animais e até Onis passando. Sasuke os olhava encantado até que eles pararam em uma clareira e ao atravessá-la, descobre que ela era uma barreira mágica que protegia o lar deles dos caçadores.

—— Nossa... —— Murmura surpreso com tantos espíritos em um só lugar —— Isso é um sonho? Se for. Eu não tô afim de acordar!

—— Hahaha!! Não precisa acordar! —— Diz uma Yuki-onna, seus cabelos pretos/azulados e olhos claros na cor lilás —— Sou Hinata, Senhor —— Se curva levemente, com um sorriso doce nos lábios.

A maioria dos espíritos se curvaram em respeito, mas teve alguns que só lhe olharam com desdém e incredulidade.

—— Um humano para ser o nosso guardião? O que ele irá fazer? Nem poderes tem! —— Reclama um Tengu de cabelos castanhos e pequenas presas na boca.

—— A natureza o escolheu, Kiba. Não questione as decisões dela! —— Uma Kappa o repreende.

—— Não discutam na frente do nosso protetor!! —— Uma fada de cabelos longos e loiros repreende os dois enquanto se aproximava —— Sejam bem vindos.

—— Obrigado... —— Sasuke diz um pouco sem jeito e Naruto aperta levemente a sua mão para lhe dar segurança.

—— Tia Tsu, a mãe do Suke está com câncer cerebral... A Senhora pode curá-la? Está no terceiro estágio. —— Explica o pequeno Kitsune.

—— Posso sim, meu bem. Mas para isso, terá que fazer a cirurgia. —— Ela diz, olhando para o moreno —— Me leve junto com vocês e amanhã irei para lá como Doutora.

—— S-serio? —— Sasuke questiona emocionado e se curva —— Arigatō, Senhora!!

—— Não precisa se curvar, garoto. —— Diz outro Tengu, ele tinha cabelos platinados —— Se podemos ajudar você. Iremos dar o nosso melhor!

Muitos concordam com ele e em seguida começam a se apresentarem. Uns extremamente empolgados e outros muito tímidos.

—— Olá! Eu sou Ino Yamanaka!! Cuido das flores que você sempre admira! —— Ela diz empolgada, os olhos azuis cintilando —— Essas aqui é para o Senhor!

Ela lhe entrega um buquê de margaridas numa jarra feita de folhas e cipós verdes brilhosos.

—— A-arigatõ, Ino-san —— Agradece com um sorriso tímido —— Elas são lindas.

—— Ele é meu, Ino!! Pode ir procurar outro! —— Esbraveja o pequeno loiro. Se agarrando firmemente na perna do Uchiha.

Todos olham com fofura a forma que seu líder defende seu território e como seu guardião fica parecendo um tomate de tão constrangido e envergonhado com o pequeno possessivo.

—— Ninguém irá roubá-lo de você, Narutinho. —— Diz seu tio Iruka —— Agora se aquiete! —— Sorrir amoroso.

—— Eu tô quieto. Só estou protegendo o que é meu!! —— Infla as bochechas e leva um tapa na cabeça —— Aii!!

—— Já disse para não agir assim, pirralho! —— Repreende ainda corado, enquanto o menor abaixa as orelhas —— Vamos para casa... Ainda tenho que falar com meu pai amanhã.

O pequeno concorda com a cabeça e todos se despedem de seus guardiões e da fada.

"Floresta Encantada"/NaruSasu (Revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora