'It was never meant to be like this...'

Capítulo 14

Algumas pessoas, quando dormem com alguém, sentem muita falta dela quando se separam pela primeira vez, e depois se acostumam a estar juntos novamente e se sentem cada vez mais bem com o passar do tempo. Para outros, é como se o sexo fosse uma droga. Eles tiveram uma dose que os sustenta por um tempo, mas à medida que a droga desaparece do seu sistema, eles se sentem cada vez pior e precisam desesperadamente dela novamente. À sua maneira, tanto Draco quanto Voldemort caíram na segunda categoria.

Os pais de Draco começaram a relaxar um pouco quando perceberam que ele não iria se jogar do telhado ou apresentar qualquer outro comportamento errático.

"Ele aceitou bem." Lúcio comentou, e então desejou aos deuses ter encontrado uma frase diferente para usar.

Eles acompanharam Draco para a escola no expresso de Hogwarts, como sempre.

Draco se parabenizou por sua capacidade sempre impressionante de compartimentar sua vida. Aquelas cenas vívidas das quais ele se lembrava com muita clareza, ele empacotou e colocou em uma caixa, bem separada do resto de sua vida. Ele tinha sido uma pessoa diferente naquelas poucas horas da pessoa que normalmente era quando estava perto de outras pessoas. Agora, ele tinha que ser Draco Malfoy em Hogwarts. O Draco Malfoy que se gabava de forma confiante. O Draco Malfoy que sabia que era melhor que todos os outros e desprezava todos eles. O Draco Malfoy que adorava brigar com Potter e seus amiguinhos, só por diversão. Draco estava feliz por estar longe de seus pais. Ninguém em Hogwarts sabia o que tinha acontecido, era fácil ser o velho Draco novamente. Isso o fez se sentir seguro, foi reconfortante saber que ele ainda poderia ser aquela pessoa. Foi como se nada tivesse acontecido. Quase.

O período escolar começou normalmente. Exceto aquela mulher Umbridge que estava na escola e se esforçava muito em nome do ministério. Ela estava inspecionando as aulas e arrastando os professores para a fogueira, 'proporcionando alguma diversão trivial na aula, pelo menos', pensou Draco.

Depois havia Potter, falando sobre o retorno do Lorde das Trevas. Draco poderia ter passado sem isso, francamente. Felizmente, o Profeta Diário parecia ter se voltado contra o Príncipe Potter durante o verão e agora o chamava de “O Garoto Que Mente”. Draco gostou de vê-lo derrubado um ou dois pinos, mas ele ainda era terrivelmente irritante. Ele havia se transformado em um verdadeiro adolescente durante o verão e andava agitado pelo castelo, chamando a atenção para si a cada passo. 'Alguma vez ocorreu ao idiota que outras pessoas também podem ter coisas acontecendo...?' Draco meditou. Ele sentia vontade de ficar nervoso e de mau humor, mas se orgulhava de ter mais autocontrole, pelo menos enquanto estava acordado.

Os tempos noturnos eram diferentes, no entanto. Já se passaram cerca de 3 semanas de gestação quando tudo começou. Draco já tinha tido pesadelos antes, mas não assim. Quarta-feira à noite foi a terceira consecutiva que ele acordou gritando e pingando de suor. Blaise estava ao seu lado instantaneamente, segurando-o com força.

'Malfoy! Malfoy! Tudo bem! Você estava sonhando. Ele o abraçou e balançou-o suavemente para frente e para trás.

'Sim, você estava sonhando, DE NOVO!' Crabbe disse, grogue. Ele não era o único no dormitório cuja simpatia estava se esgotando depois de três noites seguidas.

'Desculpe...' ofegou Draco, ainda atordoado.

'Não é culpa dele!' Retrucou Blaise defensivamente. Ele estava sendo muito atencioso e atencioso com Draco. Draco suspeitava que era porque se sentia culpado.

No início do semestre ele anunciou que estava 'namorando' uma garota no ano anterior e teve que encerrar suas "atividades extracurriculares". Draco suspeitou que ele estava preocupado por ter ferido seus sentimentos. Na verdade, Draco ficou aliviado. 'Você é MEU agora, Draco...' as palavras soaram em seus ouvidos. Brincar com outra pessoa provavelmente não teria sido uma boa jogada.