Amizade gera amor, amor gera perguntas, perguntas geram inseguranças.
Mas tudo também pode começar por amor, e esse amor pode virar ódio, e o ódio pode exigir sacrifícios para satisfazer aquilo que se acredita.
Sentimentos postos como as caras...
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『••✎••』
SAYURI—
Fico paralisada enquanto sentia seus lábios colados aos meus, não sabia como reagir, não sabia o quê fazer! O quê deu nele?! Por quê tá me beijando assim de repente?!
Me afastei assim que recobrei meu sentido e ele ficou paralisado, mas logo botou a máscara também. Antes que a máscara escondesse de novo o pouco que vi de seu rosto, percebi cicatrizes enormes naquele lado em específico.
— Me desculpa! Eu...eu não sei onde estava com a cabeça...! Olha, eu vou tomar banho! Quando a pizza ficar pronta, eu volto pra comer! — e saiu apressado.
Fiquei paralisada ali, encostada á bancada da cozinha. Ele me beijou mesmo! Tão do nada?! O quê deu nele?! Eu sou refém dele e mesmo assim ele me BEIJOU?! Ele é doido?! Que diabos foi isso?!
Balanço a cabeça e lavei minhas mãos e as sequei. Fiquei encostada na mesa, de braços cruzados, esperando apenas a pizza ficar pronta.
— Sayuri! — ouço a voz Urgente de Tobi, me viro para trás e o vejo entrar rapidamente na cozinha. — É...desculpa...não posso te deixar sozinha...por causa do Zetsu, sabe?
— Tudo bem, não precisa ficar nervoso. — sorri fraco, ele vira o rosto e se encosta na mesa em sentido contrário ao meu. — Não fique nervoso, vamos fingir que nunca aconteceu.
— ...
— Ambos sabemos que não é correto Devido nosso tipo de "relacionamento", então vamos apenas ignorar e esquecer.
— E se não esquecer e nem conseguir ignorar?
— Isso não vai acontecer. Foi coisa de momento, afinal.
— ...
— Entendo que você deve estar sobrecarregado de libido já quê, não está saindo com ninguém no momento e vive ocupado e de vigia em mim. Eu não vou te levar a mal, não se preocupe.
— Você só fala o quê não sabe.
— Então está saindo com alguém?
— Não tenho tempo e nem cabeça pra isso.
— Então não falei o quê não sei.
— Você sempre consegue ter a última palavra, incrível que isso não muda em você. — ele diz mais baixo, mas ainda sim, o ouvi. Fiquei confusa e me virei para ele que estava de costas pra mim, senti um arrepio ao ver suas costas vestidas, sua nuca e seu cabelo...por algum motivo, de novo, me lembrou ele.
