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"Ele sabe, ele sabe, como ele sabe?"

Alicent andava de um lado para o outro sem parar, quase fazendo um buraco no chão da pequena sala.

O local, pouco iluminado, era abafado e quente, mas mesmo com a pouca iluminação, as outras três pessoas que estavam no local podiam observar a cara de desespero da rainha viúva.

— Você está me deixando tonta, Alicent, sente-se. O velho Meistre Leri de derivamark falou para a rainha viúva e simbolizou para a mesma se sentar.

— O seu filho acabou de chegar, não acho que ele saiba de alguma coisa. Criston cole falou.

— Isso, e ele tem cara de ser sonso, o coitadinho nem deve ter percebido nada. Sarah disse enquanto lixava as unhas, a garota de cabelos castanhos e olhos verdes não parecia estar muito crente no que a rainha viúva dizia.

Sarah, a amante e serva pessoal de Baela Targaryen, Criston cole, o escudeiro juramento da Rainha viúva, e Meistre Leri, o médico e parteiro oficial de Derivamark.

Os três membros do pequeno conselho rebelde de Alicent trabalhavam juntos a favor de um único propósito e uma única crença: Rhaenyra Targaryen deveria ser retirada do trono de ferro.

— Ele é um ótimo espadachim, não subestime ele, pirralha. Cristo repreendeu a moça.

 Como resposta, Sarah mostrou a língua e o dente indicador para o mais velho.

Criston travou o maxilar e olhou para ela com desaprovação.

 — Você é uma criança, Alicent, ela é mesmo necessária aqui?

— Escuta aqui se-

— Calem-se! A rainha viúva gritou, fazendo os três olharem para ela.— Eu sei que ele sabe, eu criei ele e-

— Criou? Os três perguntaram ao mesmo tempo, com um olhar de dúvida.

— Até os seis anos.

— "Criou". Sarah repetiu, caindo na gargalhada.

Sor, Criston e Leri caíram na risada junto da jovem.

Alicent sentiu a raiva aumentar, era uma afronta pessoal as risadas dos membros do seu conselho.

A rainha viúva bateu fortemente no centro da mesa, fazendo os três darem um pulo em suas cadeiras.

— Se concentre! A rainha gritou.

Sarah sentiu um arrepiou passar pelas suas costas, Alicent estava com uma feição medonha no rosto, ela estava vermelha de raiva, parecia um dragão que estava prestes a explodir fogo.

— Se ele abrir a boca para Rhaenyra, nós estamos mortos, mortos, MORTOS, entenderam?

Sarah balançou positivamente com os olhos arregalados.

— Alicent tem razão. Meistres Leiri falou, se recompondo. — Se o moleque souber de alguma coisa, temos que descobrir.

Os três concordaram com a cabeça.

— Rhaenyra não suspeitara de vocês estarem fora do castelo a essas horas?
Criston perguntou

— Não, ela está fazendo o seu joguinho idiota com sua família. Alicent fala com desprezo.

— E ninguém liga para mim, eu só sou uma serva qualquer.

— A partir de agora, você vai ter que se aproximar do seu filho, Alicent, ele não pode falar nada.
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— Odiei o meu presente. 

— Você tirou o Daemon como amigo, queira oque?

Jofrrey deu de ombros e se sentou ao lado do loiro. Os dois estavam sentados no chão em um dos corredores do enorme castelo. Joffrey deu a sugestão após o jogo ter acabado.

— Ganhei um xampu e um condicionador. Ele levou o recipiente do xampu até o nariz— Pelo menos o cheiro é bom, sente.

Ele aproximou o xampu até as narinas do loiro, o príncipe assentiu com a cabeça.

— Nós fazemos uma ótima dupla, Daeron. 

O príncipe loiro deu uma breve risada.

— Nós só vencemos um jogo, príncipe Joffrey.

— Independente.

— Até que você não é ruim.

O Castanho sorri e cutuca o loiro com o seu ombro.

— A vai, fala eu sou ótimo.

— Talvez, sim, talvez não.

— Se eu te beijasse, você não teria essa dúvida. O castanho diz baixinho.

— Talvez, sim, talvez não. O loiro respondeu o outro na mesma altura.

Ao ver a cara de indignação do castanho, Daeron caiu na risada.

— Talvez, talvez eu queria te beijar.

— Talvez? 

Daeron pergunta para o loiro com as Bochechas brevemente risadas.

— Talvez, sim, talvez não.

— Talvez, talvez, talvez, é muito talvez para uma conservar só. Daemon reclama para Rhaenyra baixinho para os dois não poderem escutar.

— Cala boca, Daemon. Rhaenyra responde.

Os dois estavam em um canto afastados dos mais jovens observando atentamente a conversa dos príncipes, Daemon deu a ideia deles ficarem e observarem a conversa.

Talvez eu possa te beijar. Joffrey diz
em alto Valeriano.

— Talvez então você devesse me beijar.

Joffrey dá um sorriso de canto e segura o rosto do príncipe com as duas mãos.

— Talvez eu queria te beijar. Joffrey sussurrou no ouvido do loiro, fazendo os pelos na nuca do mais velho se arrepiarem.

Sem esperar um talvez, Joffrey selou os seus lábios junto do loiro, sentindo a temperatura gelada dos lábios do menor, 

— Ae! Daemon gritou de braços erguidos do seu lugar fazendo os dois se separarem rapidamente e Rhaenyra bateu no ombro do marido.

— Pai? Joffrey perguntou se virando para onde os seus pais estavam momentos anteriores, mas ele não encontrou nada, eles já tinham corrido.

— Seu pai é um louco. Daeron disse se levantando.

— Não fale como se o seu fosse normal.

— Eu nem tive um para início de conversa. O loiro ofereceu a mão para o castanho levantar.

— Eu tive três. 

— Capitalismo faz isso com a classe proletária.

— Comunista.

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Cúmplices de almaOnde histórias criam vida. Descubra agora