Capítulo 7

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Pov Thiago

Acordei com uma sensação de morte. Em outras palavras: ressaca.

Eu até pensei em abrir meus olhos, caçar um remédio e ver como a Liz está, mas a minha cama estava tão aconchegante. Então apenas puxei o travesseiro que eu estava abraçando para mais perto, para voltar a dormir.

Mas quando eu puxei o suposto travesseiro, percebi que não era um travesseiro.

Abri os olhos no susto e me deparei com a Liz entre meus braços dormindo tranquilamente. Arregalei os olhos e levei a mão até a boca, como fomos parar assim?

Ah, eu acho que ela não se importaria tanto assim com isso. Nós já temos intimidade o suficiente para essas coisas, nós já nos beijamos pô.

Puta que pariu!

Eu não estava lembrando dessa parte!

Eu seria um baita de um mentiroso se eu dissesse que não queria beija-la já faz um bom tempo. Apesar de que eu esperava uma coisa mais romântica do que nós dois loucos de bebida, mas eu supero isso.

Nossa, a Liz já acorda virada no capeta quando está de ressaca, imagina quando lembrar que nos beijamos loucamente enquanto estávamos bêbados? E para completar dormimos abraçados!

Eu vou é voltar a dormir e deixar isso para quando ela acordar. Por hora aproveitarei os tempos de glória dormindo abraçadinho com ela.

Voltei a fechar os olhos e tentar dormir de novo. Porém, apenas uns cinco minutos depois que eu havia acordado, a Liz começou a se mexer. Um sinal de que estava acordando.

Decidi que o mais lógico a se fazer seria fingir que estou dormindo e ver qual vai ser a reação dela.

— Hm... — Murmurou se aconchegando, mas tendo os movimentos restringidos pelo meu corpo. — Meu Deus. — Ela parecia ter aberto os olhos e visto nossa situação.

Senti ela saindo dos meus braços sorrateiramente, então decidi "acordar".

— Bom dia. — Murmurei abrindo os olhos quando ela se levantou. — Dormiu bem?

— Dormi sim, e você?

— Melhor impossível. — Sorri piscando para ela, que jogou um travesseiro na minha cara.

— Cala a boca, Thiago.

— Engraçado, não lembro de você reclamando enquanto dormíamos abraça... — Outra travesseirada.

— Já vai me estressar uma hora dessas? — Resmungou me fazendo rir.

Ela foi até sua mala e pegou uma cartela de comprimidos, depois pegou uma garrafa de agua no frigobar e tomou o remédio.

— Só para ter certeza. — Fui até ela e também tomei um comprimido. — Você lembra do que a gente fez ontem né?

— Lembro. — Ficou meio vermelha. — A bebida deixa as pessoas doidas mesmo.

— Nossa, então você considera me beijar uma ideia de gente doida? Muito obrigado, minha querida. — Fiz drama.

— Não distorça as minhas palavras! — Acusou e eu ri.

Efeito Borboleta | LizagoOnde histórias criam vida. Descubra agora