Capítulo 36

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Alía, Pietro, Mayron e Gregory voltaram ao acampamento, todos de certa forma estavam arrasados. Assim que eles chegaram foram abordados pelas amigas de Alía.

- Alía! Onde ela está? Vocês a encontraram, não é? - Perguntou Nádia, nervosa.

  As outras a olhavam, esperando uma resposta.

- Sim, nós a encontramos.

- Que bom, onde está ela? Não veio com você? - Perguntou Tânia.

- Meninas, infelizmente, tenho péssimas notícias. - Disse Alía, chorando novamente. - Lúcia... está morta.

  Ao ouvirem o que Alía havia dito, todas as garotas choraram junto com ela.

- Como assim?! O que houve? - Perguntou Brianna.

- Quem faria isso com ela?! - Perguntou também, Tânia.

- Não sabemos.

  Nádia não conseguia falar nada, ela se afastou um pouco e virou de costas. Gregory foi até ela e a abraçou, ela não o afastou, apenas sentiu o calor de seu abraço e se confortou nele. Alía abraçou suas amigas com força.
  Depois de confortá-las, ela e Pietro foram até a tenda dos pais de Lúcia dar a notícia a eles. Os pais de Lúcia ficaram arrasados e inconsoláveis, afinal ela era sua única filha. Alía e Pietro os deixaram a sós e saíram da tenda.

- Eu ainda não acredito que ela teve um fim assim. - Disse Alía.

- Eu sei que é difícil minha linda, mas infelizmente a vida é assim. - Falou Pietro.

- Eu sei. Sabe, Lúcia sempre me perguntava quando anunciaríamos nosso relacionamento. Eu dizia a ela que não era momento. - Lembrou Alía.

- Em breve, anunciaremos nosso compromisso e todos poderão ver o quanto eu te amo. - Disse Pietro, a beijando na testa. 

- Eu amo você, Pietro.

  Pietro sorriu e beijou a mão dela.

  Já a noite, Alía estava sentada do lado de fora de sua tenda, observando o céu. Mayron a viu de longe, tomou coragem e foi até ela.

- Olá. - Cumprimentou ele.

- Olá. - Respondeu ela, um pouco surpresa.

- Posso sentar com você? - Perguntou ele.

- Claro.

  Ele se sentou e ficou pensando no que dizer.

- Sabe, Alía, nunca foi minha intenção machucar você. Naquele momento eu estava confuso, não sabia o que fazer. Eu não imaginava tudo o que você e Antony haviam passado nas mãos de nosso pai. - Disse ele.

- Está tudo bem. Eu entendo o seu lado, você passou a vida inteira sozinho, só queria uma família. Infelizmente, a nossa não era uma opção muito boa. - Disse Alía. - Mas, nunca é tarde para recomeçar. Estarei aqui se precisar de mim.

- Obrigado, Alía. - Respondeu ele. - Como ele era? O Antony.

  Ao lembrar do irmão, Alía sorriu.

- Antony era divertido, espontâneo, um irmão protetor, ele era incrível. Mas ele, tinha um problema com bebida, isso causava a maioria das brigas com nosso pai.

- As brigas eram muito sérias?

- As vezes, sim. Uma vez tentamos fugir, estava tudo pronto, mas nosso pai nos seguiu e como castigo, matou a namorada de Antony, na nossa frente. Ele ficou arrasado.

- Nossa, eu não imaginava que ele era tão cruel. - Falou ele, surpreso.

- Sim, mas esses dias passaram.

- Sim, espero que possamos nos dar bem Alía.

- Eu também.

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