Capítulo 66

6 3 5
                                    

Gregory e Ariel partiram logo ao amanhecer. A segurança de Crogue era tão fraca quanto de Medeck, eles conseguiram entrar apenas dizendo que eram mercadores. 

   No Palácio, Nádia estava pronta para fugir, estava apenas esperando Lídia por o plano em prática. Lídia daria um suco para os guardas da porta com um sonífero dentro, depois disfarçaria Nádia de serva e levaria ela até os túneis.

  Nádia esperou, até que ouviu uma batida na porta e ela se abriu.

- Vamos, rápido. - Disse Lídia.

   Lídia a disfarçou de serva e a levou até os túneis, ela entregou Antony a Nádia e abriu a passagem. Elas caminharam até chegarem a uma porta que levava para fora do Palácio.

- Pronto, agora vocês vão até uma taberna, que fica a poucos minutos daqui, lá há um amigo meu que vai acolhê-los e levá-los até os portões ao anoitecer.

- Você não vem conosco? - Perguntou Nádia.

- Eu não posso.

- Vamos, eles vão descobrir que você nos ajudou e vão matá-la. E além disso, você é uma de nós, pertence a Narvális.

  Lídia pensou e pensou, até que tomou uma decisão.

- Está bem, eu vou voltar com vocês. - Disse Lídia, os acompanhando.

   Já Gregory e Ariel, pararam em uma taverna perto dali, até decidirem como entrar no Palácio.

- É melhor esperarmos até o anoitecer. - Disse Ariel.

- Tem razão, é mais seguro. - Disse Gregory. - Acho bebi demais, meu amigo.

- Por que diz isso?

- Por que eu acabei de ver a Nádia passando por aquela porta, acho que estou delirando. - Disse ele, pondo a mão na testa.

  Ariel olhou e viu que era Nádia mesmo, ela estava com uma capa, estava com Antony nos braços e acompanhada de uma mulher.

- Gregory, você não está delirando, é ela mesmo. - Disse Ariel.

- Nádia! - Gregory falou um pouco alto.

- Gregory fique quieto. - Disse Nádia. - Espera, Gregory?

- Quem é este? - Perguntou Lídia.

- Meu marido.

   Lídia levou Nádia até um dos quartos que havia na taverna, ao ver ela indo, Gregory a seguiu. Ele entrou e a abraçou com força.

- Nádia, meu amor, minha ferinha. Eu fiquei com tanto medo de nunca mais ver você, senti tanto sua falta, senti falta até de você brigando comigo. - Disse Gregory, feliz.

  Nádia sorriu.

- Também senti sua falta. Não acredito que veio mesmo me buscar.

- Acha mesmo que eu ia deixar você aqui? Claro que não. E você está com o pequeno Antony.

- Sim, depois eu explico o que aconteceu. Essa é Lídia, ela é a serva do Palácio e nos ajudou.

- É um prazer. - Disse Lídia.

- O prazer é meu. - Respondeu Gregory. - Por que sinto que já te conheço de algum lugar?

- Ela pertence ao nosso povo. - Disse Nádia.

- Sério? E o que faz aqui? - Perguntou Gregory, desconfiado.

- É uma longa história.

- Desculpa atrapalhar, mas, temos que ir embora logo. - Disse Ariel.

- Como vamos passar pelos guardas? - Perguntou Nádia.

- Existe um portão do lado norte da cidade, era a antiga entrada de mercadoria, está praticamente abandonada. - Disse Lídia.

- Perfeito. - Disse Gregory.

   Ao anoitecer, eles saíram discretamente e foram até o portão norte e conseguiram sair, partindo rumo ao acampamento.

As ruínas de um Império Onde histórias criam vida. Descubra agora