Capítulo 56

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Com um tempo eles conseguiram elaborar um plano. Nádia foi para sua tenda e contou a seus pais o que iria fazer, eles ficaram loucos, mas, ela conseguiu convencê-los. As meninas foram até ela querendo uma resposta.

- Nádia! - Disse Brianna. - É verdade o que Mayron me disse? Você vai até lá?

- Sim, irei disfarçada de prostituta.

- Você não pode fazer isso. - Disse Tânia.

- É Alía que está lá. Nossa amiga, eu tenho que fazer alguma coisa. - Respondeu ela.

- Então, nós vamos com você. - Disse Brianna.

- Não, não posso deixar que se arrisquem assim.

- Você mesma disse, Alía é nossa amiga. Nós vamos com você, e você disse que Sarim recebe caravanas de prostitutas, será suspeito se for sozinha. - Disse Tânia.

- Os rapazes não vão gostar disso. - Disse Nádia.

- Nós iremos, gostem eles ou não. -  Disse Brianna.

  Nádia sorriu.

  Os rapazes não ficaram muito satisfeitos, mas, como elas não iriam desistir, eles apoiaram a idéia. As meninas se disfarçaram e subiram em uma carroça, um soldado iria com elas, disfarçado também, elas estavam prontas para partir, mas antes Pietro pediu para falar com Nádia, a sós.

- Por que ela não me disse nada, Nádia? - Perguntou Pietro.

- Ela não queria que você se preocupasse e ficasse aqui, enquanto os outros iam a guerra. - Resposta Nádia.
  
- Se eu tivesse ficado, ela estaria aqui, eles estariam aqui. - Disse ele.

- Não fique assim, Pietro, você não esperava por isso, nenhum de nós esperava.

- Não dá para evitar a culpa, Nádia. - Disse Pietro. - Tomem cuidado e tragam ela de volta para mim.

- Traremos. - Disse Nádia, saindo.

   Em Medeck, Alía ainda estava trancada naquele quarto, pensando. Quando ouviu a porta se abrindo e entrou a pessoa que ela menos esperava.

- Adália? - Disse Alía, surpresa.

- Sim, minha filha.

  Dias antes da invasão a Anáphis, Alía havia dito a Adália para fugir para outra cidade, e ela foi.

- Não acredito que está aqui. - Disse Adália a abraçando. - Pensei que nunca mais veria você. Como veio parar aqui?

- Sou casada com Pietro. Me sequestraram como moeda de guerra.

- Oh, minha filha. Vou cuidar de você. - Disse ela.

  Adália ficou cuidando de Alía, elas conversaram muito, mas, Alía não contou a ela sobre seu filho.

  A noite as meninas chegaram na cidade, os guardas as barraram no portão.

- Quem são vocês? - Perguntou um guarda.

- Viemos do reino de Crogue. Essas mulheres são um presente de nosso rei para o grande Sarim. - Disse o soldado.

- Podem entrar. - Disse o guarda.

  No Palácio, Adália entrou no quarto para levar o jantar de Alía.

- Minha filha, aqui está sua refeição. - Disse Adália.

- Obrigada. - Disse Alía com um sorriso.

  Alía olhou para o prato por um tempo, o pegou e jogou em cima de Adália.

- O que está fazendo, menina?!

- Acha mesmo que iria me enganar tão fácil assim? Achou mesmo que eu não sabia que você ia para cama com meu pai?

- Como você sabia? - Perguntou Adália, surpresa.

- Era óbvio, você ia sempre para os aposentos dele. E, aliás, eu reconheço cheiro de veneno de longe, velha maldita. - Disse Alía.

As ruínas de um Império Onde histórias criam vida. Descubra agora