3 - Comida de Fada

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Antes de qualquer coisa, uma curiosidade:

Sabiam que comida de fada costumam deixar os humanos entorpecidos como se estivessem bêbados e completamente sem freio? Ela lhes tira a inibição e lhes solta a língua. Em alguns casos a comida se torna até um tanto viciante...


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Jiang Cheng cozinhava dessa vez, em forma de agradecimento por tudo que Lan XiChen havia feito por ele nos últimos dias, lhe preparando um prato completamente sem carne. Cheio de hortaliças, legumes e até pétalas de rosas.

Era uma sopa de cogumelos, a sua favorita e esperava que XiChen gostasse. Ele havia pedido ao botânico que comprasse os ingredientes, pois se ele os escolhesse, tinha medo de que a comida ficasse inapropriada para um humano comer, mas em sua inocência, Cheng não sabia que o fato dele estar ali, preparando a comida com suas próprias mãos, já era algo considerável. Humanos não podiam comer comida féerica. Ela tinha alguns efeitos colaterais bem estranhos, efeitos esses que Huan estava pronto para experimentar devido a comida ter sido feita por mãos de fada.

Os dois começaram a comer enquanto conversavam sobre o dia e XiChen começou a se abanar com a mão após a quinta colherada da sopa.

_Ficou abafado de repente.

_Pra mim está normal. – informou Cheng. – Senhor Huan... o senhor está bem? – quis saber ele ao ver o outro tirar a camisa. Os cabelos da franja dele estavam começando a grudar em sua testa de tanto que ele suava.

_Está absurdamente quente aqui e abafado... e você é o ser mais lindo do mundo... O que eu estou falando?

_Aaaah pela Grande Mãe das Terras de Baixo! Me perdoe! Eu achei que apenas os ingredientes poderiam te afetar, mas o fato de eu cozinhar para o senhor o afetou... Eu sou muito burro... Perdão... O senhor está enfeitiçado por comer minha comida. Ainda bem que não comeu demais. Beba água sim? Ela ajuda... um pouco.

XiChen obedeceu. Sentia uma sede que nunca havia sentido antes e um calor infernal que o fez se colocar de pé e tirar a calça que ele vestia, enrolando os cabelos compridos num coque em seguida. Ele queria que jogassem água com gelo nele para que aquele calor passasse, calor esse que estava fazendo sua visão oscilar e quando ele deu por si, havia erguido Jiang Cheng do chão e o beijava de modo nada recatado, fazendo o ar outro faltar pelos beijos sem pausa.

_Senhor XiChen... – chamou Cheng baixinho – É a comida. O senhor não quer fazer isso comigo. Por favor... Não quer...

_Minha linda borboleta lilás, eu quero fazer sim. A sua comida maravilhosa só fez o meu desejo sair e deixar de ser um segredo apenas meu. Mas saiba que eu não estou tão entorpecido ao ponto de lhe forçar a algo. Eu só faria o que você me deixasse fazer.

_Eu nem sei o que deixar ou não deixar...

_Então deixe seu senhor, seu mestre, como você gosta de me chamar, ensinar você. Posso?

Cheng fez que sim com a cabeça e foi carregado para o quarto e já ia ser deitado na cama, mas ouviu:

_Suas asas?

_Guardadas.

_As coloque de fora. – ele foi sentado na cama e tirou a camisa, exibindo as asas em seguida, que caíram sobre os ombros dele como se fossem uma capa elegante de degradês de roxos e lilás. Os cabelos muito compridos estavam sobre a cama e Lan XiChen se aproximou – Quero você inteiro, como você é.

My Little Butterfly (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora