The Rise of the Heiress (G!P)

Seu paraíso

Pov: Narrador

6 anos depois

Natasha estava sentada em seu trono no Salão Real, a coroa majestosamente brilhando sobre seus cabelos ruivos, o dourado contrastando com os fios vermelhos e com a pedra de jade que ficava do lado esquerdo do seu rosto, substituindo o que antes era seu olho azul.

A rainha presidia uma oitiva com o povo, costume que nunca desfez, nem mesmo depois da morte de sua mulher. Wanda era uma rainha preocupada com a população, com o que tinham a dizer e seu legado sempre estaria escrito na história de Gaalad, a ruiva jamais descartaria algo que havia sido criação de sua esposa.

Romanoff sorria e ouvia as opiniões, reclamações e questões que os cidadãos traziam, não fazia por obrigação, mas como uma forma de honrar a memória de sua rainha consorte. O Conselho do Povo havia sido um sucesso que foi se expandido por outros reinos de Gaalad, dando mais notoriedade para as necessidades da plebe. As coisas não eram perfeitas, mas existiam mudanças e uma líder que se importava e ouvia de verdade.

Com o fim da oitiva, Natasha retira sua coroa, colocando-a na almofada atrás do trono, a mulher volta a se sentar, sentindo o cansaço do dia. Seu olhar cai sobre o trono vazio ao seu lado. Fazia seis anos desde que alguém se sentara ali, não alguém qualquer, Wanda, sua mulher. A ruiva não se casou novamente, até tentaram convencê-la, mas a rainha se mostrou irredutível e até mesmo furiosa com a menção de uma proposta de casamento.

Wanda era sua esposa, na vida e na morte, ninguém nunca ocuparia esse lugar na vida da rainha. Não achava justo ter que se casar sem amor e não achava que alguém merecia estar casada com alguém que não te ama e Natasha jamais amaria outra pessoa em sua vida.

Antes que pudesse se levantar outra vez, um garotinho vem correndo pelos corredores e grita pela mulher antes de se jogar em seu colo:

- MAMA! – Natasha se segura no trono para receber o peso de seu filho, a mulher devolve o abraço apertado e beija os cabelos castanhos de seu caçula.

- Oi, pequeno, como foi seu dia? – a rainha precisava se desdobrar entre o reino e seu menino, era difícil criar uma criança sozinha.

- Foi o melhor! O senhor Paker me ensinou a atirar hoje, disse que serei um excelente arqueiro no futuro...

- Se diz: sir. Parker, Ari – o garotinho fica envergonhado com seu erro, mas Natasha não permite que ele seja tomado por esse sentimento – Isso é maravilhoso, meu amor. Sabe, eu nunca fui muito boa com arco e flecha, quem sabe um dia, você não possa me ensinar – o sorriso toma conta dos lábios do jovem príncipe. Ele adorava deixar sua mãe orgulhosa, sentia a necessidade de saber que estava fazendo um bom trabalho, sendo um bom menino, esse pensamento o faz lembrar do que havia aprontado antes de vir procurar sua mãe.

- Eu também fiz outra coisa, mama – Romanoff ajeita o príncipe em sua coxa esquerda, acariciando os cachos castanhos, tentando passar confiança a ele - Antes de vir, passei no seu quarto sem permissão e vi a tapeçaria da parede – Natasha suspira fundo – Vi a mamãe – o garotinho sorri – E vi o Luke e a Ceci também – a mulher continua fazendo carinho em seu filho – Desculpa, sei que não devo entrar no seu quarto sem pedir, mas estava com saudades da mamãe.

- Tudo bem, Ari, eu te entendo, também sinto a falta dela, o tempo inteiro – Ariesteu deita sua cabeça contra o peito de sua mãe, se aconchegando cada vez mais em seu colo cheio de amor.

- Pode me contar mais sobre a mamãe – Natasha prende a respiração, entendia a curiosidade de seu filho, mas falar sobre Wanda era como enfiar uma faca quente em uma ferida recém aberta.