Niklas Romanoff é um homem cruel

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Pov: Natasha Romanoff

Quase duas semanas depois do enterro de Alexei, já havia recebido as cartas com as respostas dos lordes. Poderia dizer que não estava tão surpresa assim com os lados que haviam escolhido.

Os lordes de Nevia, Perio, Prailia e Thaitis, me deram respostas positivas. Enviariam um terço de seus homens para a capital imediatamente. Lorde Alarico Falzon, nos forneceria quinze mil homens, fortes, a maioria, montadores de cavalos, rápidos e astutos. Noah Sastre nos enviaria quatro mil homens, em sua maioria, arqueiros, não poderia reclamar, Prailia era o menor reino de Gaalad e sua economia não estava focada em formar exércitos, eram um povo pacífico e gentil. Maximus Galenus enviaria seu filho do meio, Domenico, juntamente com dez mil soldados, não tão forte quanto os perianos, porém, eram estrategistas, também montavam e sabiam usar seus cavalos como armas potentes.

Todavia, meu maior aliado era Basile Ancel. O Lorde de Thaitis marcharia até a capital com seus quarenta e cinco mil soldados, espadachins, arqueiros e montadores, não importava, as crianças em Thaitis nasciam com uma espada em mãos, pelo menos, esse era o ditado.

Os lordes dos reinos do Sul se juntaram ao meu tio, assim como eu esperava. Mas a carta de Zion Korab me irritou mais do que sua traição. O jovem lorde alegava não concordar plenamente com as ações de meu tio, mas que era casado com sua filha e deveria permanecer do lado da sua família. Traidor e covarde! Tenho certeza de que Zenon, seu pai, está se revirando em sua própria cova naquele momento.

A resposta do Lorde Wary Thorvald foi a que mais enfureceu minha esposa. O velho se recusou a lutar, dizendo em sua carta, que enviou tanto para a capital quanto para Kaburg, que os atos de Niklas eram detestáveis, traiçoeiros e pecadores, chamou meu tio de traidor e me desejou boa sorte nas batalhas que viriam a seguir, mesmo assim, não arriscaria seus poucos homens em batalha. Entendo o ponto de vista de Wary. As condições climáticas em Amabia não eram das melhores, a expectativa de vida era baixa, seu exército era formado por poucos soldados, não exigiria que viesse e perdesse todas suas tropas. Me contento em saber que condena as ações do meu tio e que não se juntará a ele em sua guerra traidora.

Wanda não pensava dessa maneira. Queria que todos provassem sua lealdade a Rainha, enviando seus exércitos e pegando em espadas, eu já não sou tão radical assim. Como governante, entendo o peso de uma guerra, era de um custo enorme e quando sua guarda é formada por poucos homens, pensamos duas vezes antes de arriscar e perder tudo. Se precisasse das tropas de Amabia, mais para frente, falarei com Wary Thorvald eu mesma.

Apesar de manter Viktor na capital conosco, evitava trazê-lo para as reuniões do Conselho Real, ainda não tinha plena certeza de sua lealdade, mas haviam várias coisas que ele tinha ciência, e prefiro manter seu conhecimento aqui em Erissenem.

Meus pensamentos são interrompidos por duas batidinhas tímidas na porta, reconheço quem teria esses modos, solto um sorriso e ajeito meu corpo:

- Pode entrar, Ceci - minha filha adentra a sala de reuniões com uma cara de culpada, como se estivesse arrependida por me atrapalhar - Vem aqui, minha princesa.

A garota se aproxima, seus olhos atentos na grande mesa, observando cada detalhe do mapa incrustrado na madeira maciça. Seus dedos tocam a região de Erissenem, admirando a cidade na qual morávamos, observando os desenhos da mata real:

- Estamos seguros aqui na capital? - mantenho meus olhos na pedra pontuda que representava meu exército, mas que nesse momento, estava alocado nas terras de Prailia, por onde partiríamos para a luta.

- Por enquanto, sim. Logo isso tudo irá acabar. Vou confrontar meu tio, suas ações não sairão impune - Ceci para ao meu lado, seu olhar estava baixo, evitando se conectar com o meu.

The Rise of the Heiress (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora