O Rei dos piratas e sua ladra - Lunami

Capítulo 11

   

 -- Não é porque eu falei que tava apaixonada que deveria vir falar comigo sobre isso – Gritou o esverdeado em puro estresse depois de ouvir uma Nami descabelada por meia hora sobre seu capitão.

-- Mas eu não sei o que fazer! – Igualou seu tom ao dele com os punhos cerrados, pronta para um cascudo – Nunca senti isso, então agora você vai me ouvir!

-- Por que eu?! – Zoro se jogou em sua rede e gritou em seu travesseiro de forma dramática.

-- Porque você quem botou isso na minha cabeça! – Cruzei os braços emburrada.

-- Não é minha culpa que você ri de qualquer coisa que aquele imbecil faz – Falou contra o travesseiro, ficando com a voz abafada. Porém, isso não impediu que a frase chegasse aos ouvidos da navegadora nervosa.

-- Cala a boca, idiota! – E então, o galo em sua cabeça não demorou muito a aparecer depois do cascudo da ruiva - que agora batia os pés impaciente.

-- Quer que eu fale ou não? Se decide, mulher! – Gritou sentado em sua cama – rede, bem bagunçada aos olhos da garota - com uma mão na cabeça, lacrimejando com o latejar do galo que ficou na cabeça.

-- Eu... – Sua voz saiu firme, mas não havia o que dizer. Nem ela mesmo sabia o que queria – Eu não sei – Se aproximou cabisbaixa e suspirou quando sentou ao seu lado – Meu plano, primeiramente, era tentar faze-lo gostar de mim. Mas aparentemente sou uma bela de uma covarde para essas coisas – O esverdeado ouvia atentamente, compreendendo o receio de Nami.

Porém ainda assim, teve que conter o "covarde só pra isso?", pois o assunto começou a ficar sério.

Ele não era tão idiota assim.

-- Não consigo entender, Zoro – Choramingou a navegadora, atualmente, sem direção – Eu não era assim quando ia para bares e flertava com homens o tempo todo, será que perdi o dom? – Resmungou ela, um pouco debochada ao terminar com a pergunta.

-- Você é mais tapada do que eu pensava – Ele olhava para Nami incrédulo. Não é possível que essa mulher não sabe nada sobre esse tipo de coisa!

E então, o homem jurou em nome de Deus – que ele não acreditava nem um pouco – que se tivesse que explicar sobre sexo para ela também, iria se matar ali mesmo.

Quem sabe não mudava a trajetória de vida dela se fosse em sua frente.

-- Como é que é? – Sua mão pequena, mas incrivelmente forte, começou a se fechar para mais um cascudo.

-- Espera eu terminar! – Falei pegando uma das minhas espadas como defesa. A garota, vermelha de raiva, cruzou os braços e esperou emburrada.

Zoro as vezes se questionava se essa era a única cara que ela tinha.

Também segurou essa para depois.

-- Primeiro de tudo – Voltei à minha pose de sempre, agora de pé, ignorando o medo de apanhar da capitalista, que ele as vezes chamava de navegadora – você realmente acha que precisa conquistar ele, bruxa? – Uma veia saltou em sua testa diante do apelido – Ele já caiu no seu feitiço há muito tempo – E então, por uma ironia, a garota conseguiu fazer o homem falar sério.

Acontece, que para Zoro, era algo muito óbvio o sentimento dos dois. Mas, para sua infelicidade, a ruiva era tão lerda quanto seu capitão.

E olha que isso era difícil.

Bem difícil.

Sério, estamos falando do Luffy. O cara que queria uma tripulação com um bote.

Um bote.