Ace acordou mais uma vez com uma baldada de água fria no rosto. Isso não acabava nunca. Ele se sentia patético, a única coisa que lhe vinha à mente era Luffy. Estaria ele bem? Conseguiria se virar sozinho? Por que Ace se meteu nessa confusão? O que aconteceu com Sabo já não era um aviso suficiente? Quão idiota ele era?! Agora, Luffy poderia estar em perigo por causa dele, que merda...
Recusando-se a desistir, Ace puxou com raiva as correntes que o prendiam à parede, amaldiçoando a força dos elos de metal que o mantinham preso. Ele lutava há quase uma hora, mas não havia como se soltar. Embora seu captor tivesse deixado uma folga suficiente para que ele pudesse mover os braços e não os deixasse dormentes, havia se certificado de que Ace não conseguiria escapar. As correntes em torno de seus tornozelos o impediam de se mover livremente.
A porta finalmente se abriu depois de um minuto ou mais de se atrapalhar com a fechadura, e seu corpo ficou tenso ao ouvir o som da entrada do homem na sala, apesar de seus esforços para ignorá-lo.
O homem fez um som baixo ao deixar cair a chave no armário ao lado do portão, e Ace não pôde deixar de tentar curvar seu corpo defensivamente quando ouviu isso. — Já pensou o bastante? Bastardo. - O homem questiona, logo em seguida cuspindo perto de Ace.
— Se não me disser onde aquele pirralho está, você vai pagar por isso... e muito caro.
O moreno mordeu os lábios com força, tentando conter a ansiedade que crescia dentro dele. — P-por favor... — Ace murmurou, mas hesitou ao sentir a dor dos hematomas que cobriam seu corpo.
O homem, impassível, desferiu um soco forte no rosto já machucado de Ace.
— Não quero ouvir lamentações ou murmúrios. Sei que é um infiltrado dos revolucionários e quero saber onde está Luffy, seu precioso irmãozinho. Sabe que pode ser sua única chance de sair vivo daqui.
Ace mordeu os lábios novamente, lutando contra as lágrimas que ameaçavam escapar. A dor era insuportável; as algemas apertavam seus pulsos, mantendo-o preso à parede.
— Luffy... Um nome bem interessante. Talvez ele também possa ser... interessante. Se é que você me entende — disse o homem, esboçando um sorriso vago enquanto encarava Ace sob a fraca luz que iluminava o local.
Droga! Eles já sabem o nome dele... Não será tão difícil descobrir onde ele está agora. - pensou Ace.
— E-eu não sei... Então-
— Resposta errada! — O homem interrompeu, desferindo mais um golpe, desta vez direcionado ao estômago de Ace, que imediatamente perdeu a consciência.
— Luffy... — foi a última palavra que saiu de seus lábios antes da escuridão o envolver completamente.
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Luffy despertou em um quarto escuro, sem se lembrar de nada do que teria acontecido na noite anterior. Virou-se na cama, sentindo-se exausto. Entreabriu os olhos devagar e logo notou uma costa tatuada de alguém que não conseguia identificar de imediato quem fosse.
— AAH!! QUEM É VOCÊ?!!
Law se virou lentamente, ficando de frente para Luffy, que agora estava sentado na cama.
Assustado, o menor percebeu que estava completamente exposto, vestindo apenas a cueca do dia anterior. Rapidamente, ele se cobriu com os lençóis cinzas da cama.
Law despertava lentamente, olhando para Luffy com um ar preguiçoso, enquanto o desespero se estampava no rosto do menor.
— Ah… esqueci que você dormiu aqui — murmurou Law de forma indiferente, virando-se novamente para a posição em que estava antes.
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Uma promessa para seguir - Lawlu
RomanceLuffy, após perder sua mãe e seu irmão, enfrenta abusos psicológicos por parte de seu pai, que o culpa pelas tragédias familiares. Porém, sua vida muda quando Law, inicialmente designado para manipulá-lo, ressurge em seu caminho. Conforme Law se en...