➳ O acordo

42 7 31
                                    

Acordei no outro dia com o sol queimando em meu rosto

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Acordei no outro dia com o sol queimando em meu rosto.

O apartamento não tinha cortinas, consequentemente o sol batia em meu rosto de uma maneira...desagradável.

Mas eu estava em Nova York, nada era desagradável.

Meu telefone tocou, e vi um número desconhecido, mas que eu não duvidava que fosse Lucca.

Lucca é o nome do meu ex, que é louco e literalmente obcecado por mim, no Brasil ele mudava de escola conforme eu mudava, sentia ciúmes dos meus amigos e chegava a agarrar os fios de cabelo da minha nuca quando eu brigava com ele, era doentio, quando mudei de casa e o bloqueei em todas as redes sociais ele não veio mais atrás de mim, apenas me ligava de outros números.

— Alô...Lucca se for você eu vou bloquear.

Adivinha quem vai estudar na Columbia com você meu amor!

— Você...está blefando.

Como poderia meu amor? Eu sei que você mora no centro de Nova York, eu não vou desistir de você, afinal você é solteira!

Desliguei a chamada.
Doente maluco.

Fiquei com medo de sair de casa, Lucca sempre foi maluco e eu não tinha dúvidas sobre isso.
Me encolhi na cama enquanto tentava raciocinar em como eu organizaria tudo em dois dias, visto que as aulas começariam na terça.

Lembrei do meu vizinho de cima, que poderia concertar minha televisão, e se ele não pudesse eu mesma o faria.

Coloquei as minhas botas de pelinho, e subi as escadas de pijama mesmo, um conjuntinho xadrez de azul e vermelho que já estava bem velhinho.

Toquei na porta do 157, vi o rapaz aparecer na porta apenas de bermuda, coçando os olhos.

— Oi, vizinha... — ele disse sonolento

— Aí Deus! Vim muito cedo, eu posso voltar mais tarde... — falei constrangida e ele rapidamente parou de coçar as olhos.

— Não! Pode entrar, não repara na bagunça! Não é todo dia que tenho mulher bonita em casa...

Com aquela beleza eu sinceramente duvidava de suas palavras.

— Hum...obrigada.

Entrei com as mãos entrelaçadas umas nas outras, e adentrei o apartamento que cheirava à cerveja.

— O que precisa? — perguntou

— Eu primeiro gostaria de saber seu nome.

— Scott, e o seu?

— Scott? Como nos filmes americanos?

Ele soltou uma risada gostosa, e depois me disse:

—Bem...nós estamos nos Estados Unidos, mas...qual é o seu nome?

O Amor Está Em Nova YorkOnde histórias criam vida. Descubra agora