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ALESSANDRA POV
O ano novo já havia começado e não podia estar mais feliz de ter passado junto da mulher que eu amo tanto. Eu e a s/n estamos juntas há um tempinho e eu queria mostrar para o mundo que ela é minha namorada, porém a mídia pode ser cruel com nós duas e nossa privacidade ir por água abaixo.
Ninguém sabia do nosso relacionamento — nem mesmo nossas famílias — foi aí que eu pensei em apresentar a s/n como a minha mulher para os meus parentes. Ela já conhecia e é bem amiga dos meus filhos, porque praticamente ela mora em casa e acredito que eles já suspeitam que não somos apenas "amigas muito próximas".
Que tipo de amigas muito próximas dão vários selinhos "escondidas" em meio a um filme de terror para aliviar o medo?
Enrolada em um roupão de ceda azul claro sai do banho e a vi deitada teclando algumas coisas no notebook. Deitei na cama e deixei um beijo em cada bochecha dela, a vi abrir o sorriso mais lindo do mundo e deixei um selinho demorado nos lábios rosados.
— Tem um tempinho 'pra mim? — me ajeitei na cama.
— Sempre tenho um tempinho 'pra você. — levou o notebook na cabeceira ao lado.
— O que 'tava fazendo?
— Nada demais, só resolvendo algumas coisas do trabalho. — s/n é advogada e mesmo trabalhando o dia todo ela revisava algumas pequenas coisas em casa, e eu achava muito sexy vê-la concentrada.
— Te amo. — disse, puxei para um beijo lento e apaixonado.
— Te amo mais. — ela retribuiu com outro beijo calmo.
Ficamos abraçadas trocando carícias e conversando sobre nosso dia a dia. Eu me aninhei sob o peito dela e meus braços estão em volta da cintura enquanto recebia carinho no cabelo molhado.
— Amor, eu recebi a proposta de participar na terceira temporada de Cidade Invisível e fazer um filme de ação, mas não sei qual escolher. Me ajuda?
— Posso ser sincera?
— Deve. — a olhei.
— Primeiro que você será a melhor atriz independente de qual escolher. — sorrimos — Segundo, eu sei qual projeto você vai escolher pela forma como você fala, então... Se joga no qual você mais gosta.
— Está tão óbvio que eu prefiro a série? — voltei com a cabeça no peito dela.
— Talvez 'pras outras pessoas não, mas 'pra sua namorada que te conhece muito bem está bem óbvio sim.
Incrível como a s/n sabia exatamente o que falar em todos os momentos, seja para me acalmar ou seja para me ajudar. Ela me ama e sabia demonstrar do melhor jeito possível.
