sentimentos

1.2K 92 6
                                    

𓂃 ⌗ ♡ ⌗ 𓂃

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


𓂃 𓂃

S/N POV

Pior que um amor não correspondido é quando você ama, mas não tem certeza que o sentimento é recíproco. Sabe o que consegue ser pior? Quando a pessoa que ao qual você está apaixonada tem mais que o dobro da sua idade e você não sabe se ela gosta de mulheres.

Esse é o problemão que eu estou tendo. Eu estou completamente apaixonada pela a Alessandra Negrini, a minha amiga do trabalho.

Eu fui contratada para ser atriz da Globo oficialmente faz cinco anos, porém minha vida virou de cabeça para a baixo ao saber que a atriz que eu contracenaria praticamente todos os dias seria a Alessandra. Eu e ela seríamos tipo a "duplinha inseparável" em cena — de fato fomos e até hoje somos — só que não estava nos meus planos me apaixonar por ela.

No momento em que percebi sinais que esse amor de amizade evoluiu para algo maior eu já não conseguia mais me controlar, entretanto, ela parecia demonstrar um sentimento além da amizade só que eu nunca tive coragem de perguntar.

Lembro que na gravação da nossa novela foi espalhado, por algum infeliz, uma fofoca no projac que nos duas ficávamos nos pegando no camarim, e ao invés dela recusar tudo, ela não ligou.

FLASHBACK ON

— Ale, a Gio me contou... Alguém disse que a gente fica se pegando no camarim. — eu falei um pouco tensa. Nos duas estamos almoçando no camarim. — Por isso estamos atrasando nos últimos dias. — deixei o copo d'água na penteadeira.

— E eu achava que depois de certa idade as pessoas cresciam. — ela virou os olhos, deu duas garfadas na macarronada. — São apenas boatos que irão desaparecer em dias. A melhor forma de lidar com essa situação é o silêncio. — limpou a boca com o guardanapo.

— Não acha que deveríamos falar que nunca aconteceu nada? Pelo o que a Gio me contou todo mundo e até os figurantes estão sabendo. — a olhei. — Eu falo, porque não quero sujar sua imagem.

— Não precisamos falar nada e jamais repita sobre sujar imagem! Você jamais sujaria minha imagem e sinceramente. — ela terminou a macarronada. — Eu prefiro a fake news que eu beijo mulheres no camarim seja com você do que qualquer outra desse lugar.

FLASHBACK OFF

Agora eu estou no meu apartamento andando de um lado para o outro, pois eu convidei a Alessandra para assistir um filme comigo e eu pretendo falar tudo o que sinto.

Será que vale a pena?

Eu tenho apenas vinte e três anos e a Alessandra já os seus cinquenta e três anos, a chance de ouvir um "não" é certeira, mas pior que um não é perder a companhia dela.

Quando eu cheguei no Rio foi ela quem me ajudou a me adaptar com tudo. Ela quem me acolheu. Ela quem me confortou quando tive minhas crises. Ela quem veio em casa cuidar de mim quando fiquei doente. Ela quem eu sou eu mesma sem me sentir julgada.

Ela é a mulher por quem eu me apaixonei.

Sai do meus pensamentos ao escutar ela me chamando na sala de estar. Olhei para frente e a pipoca estava quase queimando.

— S/n, cadê você? Eu quero ver o filme logo e 'tô com fome também! — ela disse, terminei de passar a pipoca para uma tigela.

— 'Tô indo, Ale! — abri a porta do armário e escolhi alguns doces. — Qual bebida quer?

— Refrigerante, meu bem.

Depois que peguei tudo fui até a sala, a vi deitada no sofá mexendo no celular e rindo. Meu Deus... Ela é tão linda.

— Finalmente! — ela disse, se sentou no sofá e pegou a pipoca. — Escolhi um filme de suspense que eu sei que você ama. — me olhou, sorriu mostrando os dentes.

Logo, começamos a assistir e nos primeiros trinta minutos acabamos com a pipoca e metade dos doces, Alessandra deitou no meu peito e segurou minha mão fazendo um carinho leve o que fez meu coração acelerar.

Ao final da noite, a convidei para ir a varanda comigo onde observamos a paisagem do Rio de Janeiro. Peguei duas cadeiras, um vinho e acendi um beck para me acalmar.

Nos falamos por muito tempo, já havíamos tomado metade da garrafa do vinho. Comentamos sobre nosso trabalho, lançamento de nossas séries favoritas, Alessandra contou que ia fazer aula de culinária e diversos assuntos.

Em algum momento o silêncio tomou conta do ambiente, apenas aproveitando a companhia uma da outra. Era o momento para contar tudo o que eu sinto.

— Eu acho que gosto, Ale. — eu admiti sentindo meu corpo tensionar, porém disse bem baixo.

— O que? Não escutei, fala de novo. — ela olhou para mim.

— Eu gosto de você. — disse baixo novamente.

— Meu bem, fala alto! Não 'tô escutando nadinha.

Pressionei minha mão na cadeira e cheguei a conclusão que dizer aquilo em voz alta parecia impossível. Eu cheguei mais perto dela e colei nossos lábios em um selinho bem demorado, e nos separamos.

Alessandra me olhou, eu estava nervosa esperando alguma reação negativa só que ao invés disso ela se aproximou mais novamente.

— Não vai me dar outro beijo? — a mesma riu e me puxou para um beijo de língua necessitado.

Negrini segurou no meu pescoço e eu na cintura dela, infelizmente a falta de ar tomou conta e tivemos que nos separar, colamos nossa testa uma na outra e sorrimos mesmo com os olhos fechados.

— Por que não fizemos isso antes? — Alessandra quebrou o silêncio, levou uma mecha do meu cabelo para trás da orelha. — Tão bom... Sua boca tem gosto de morango.

— É o gloss, Ale. — deixei uma bitoca na bochecha dela. — Tive medo da sua reação.

— Posso te falar um segredo? — ela sentou na mesma cadeira que a minha e eu acenei um sim. — Eu sempre quis te beijar e também morria de medo.

— Eu não queria estragar a amizade e fora que tem a diferença de idade, né? Aí eu me sentia insegura.

— Você não precisa sentir medo. — ela me deu outro selinho. — Acho que nos podemos tentar algo mais que amizade.

— Está falando sério?

— Muito sério, s/n. Você quer tentar algo a mais comigo?

— Que pergunta boba. — ri. — Óbvio que eu quero, eu quero a muito tempo.

Alessandra me puxou para um outro beijo, eu retribui e ficamos assim pelo o resto da madrugada.

𓂃 𓂃

Imagines Alessandra NegriniOnde histórias criam vida. Descubra agora