Canonical

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–S/n amor, senta –Jesse pediu me encarando de um jeito estranho.

–O que houve?

–Eu quero o divórcio–ele disse por fim as dolorosas palavras, de uma forma meiga elas saíram da boca dele.

Senti meu olho tremer processando a ideia.

–Divórcio?–ignorei o no em minha garganta rindo para o homem –Amor, que pegadinha é essa?

–Não é pegadinha, eu quero o divórcio,nem você e nem eu estamos felizes e isso é uma merda.

Senti as lágrimas escorrerem.

–É uma merda mesmo Jesse, você realmente quer fazer isso? –perguntei com a voz rouca pelo choro.

–S/n eu tô confuso, isso não tá dando certo eu não quero fazer isso com você.

–Confuso? –encarei o teto para não chorar –Nós estamos juntos a 15 anos e você está confuso?

–Eu vou me mudar –ele disse simples com palavras baixas.

Tapei minha própria boca sentindo as lágrimas escorrerem sem parar.

–Você sabe que nosso casamento já não está dando certo a anos, nós so estávamos adiando esse dia.

–Nos temos uma filha, você tem certeza? –perguntei novamente tocando a mão do homem sobre o braço da poltrona.

–Pelo amor de Deus S/n, a gente nem transa mais –ele disse estalando a boca.

–Você quer transar mais? Quer que eu use fantasias sexuais?

–A Raquel já é grande, ela vai entender.

O homem retirou a mão debaixo da minha se levantando.

–Você precisa digerir isso, eu vou trabalhar e a noite a gente conversa –o homem disse pegando sua pasta sobre a mesa e saindo.

Minha respiração estava acelerada e meu coração parecia que ia pular para fora, meus olhos ardiam por conta das lágrimas e eu só conseguia repetir em lupin toda nossa vida. A minha gravidez, nosso casamento, o nascimento da Raquel, a os aniversários de casamento, a lua de mel, nossa casa, nossa família.

–Inferno! –gritei sentindo meu coração doer.

Bati minhas mãos na mesa de madeira da sala repetidas vezes.

Eu estava de pé na sala, olhando para o vaso de flores que Jesse me deu dias atrás, eu nem sinto meu corpo indo até o vaso e agarrando seu corpo com firmeza e atirando contra o chão. Observo os cacos se espalharem pelo chão, e um sentimento de libertação misturado com arrependimento me inundam como água fervente dentro de mim.

–Mãe, tá tudo bem? –Raquel abriu a porta do quarto me encarando naquela situação.

–Tá sim filha, se arruma que a mãe vai te deixar na escola.

Ela me encarou por mais alguns segundo, mas logo se virou indo embora.

Meu casamento tinha chegado ao fim e não havia nada que eu pudesse fazer.

Depois de 15 anos, meu casamento acabou. Tudo que eu construí com Jesse acabou.

Temos uma filha de 15 anos, uma casa linda, uma vida perfeita e ele vai jogar tudo isso fora por confusão.

Eu engravidei aos 15 anos e fomos obrigados a nos casar, estamos juntos desde sempre e agora ele quer acabar com tudo, assim.

Isso não é justo, não é nada justo.

IMAGINES BILLIE EILISHOnde histórias criam vida. Descubra agora