Choque 2

427 36 3
                                    

Eu tô na cola dele, eu e a equipe de merda que o capitão montou pra mim. Eu já tinha tanta coisa contra ele que nem a pior equipe do mundo podia atrapalhar minha missão.

Eu sabia que eu ia me fuder dentro do batalhão se eu investisse em investigar o Dean, sabia que iam me dar os piores dos piores.

Mas nessas três semanas, com um grampo no telefone dele, agentes seguindo ele e informantes eu descobri o esquema.

O Dean não era só o assessor pessoal do vice presidente, ele era o cãozinho dele. Era ele que limpava as cagadas dele, ele que recebia em dinheiro as propinas enviadas pelo tráfico.

Dean era quem mandava e desmandava na milícia, e não era atoa. A carta branca que o vice dava pra ele ajudava e muito.

–Fala porra!

–Eu não sei senhora –o homem sangrando disse chorando– Eu nunca vi esse homem.

–Você vai me dar o nome –segurei o rosto dele pondo minha pistola na boca dele –Vai me dar o nome de quem pegou o dinheiro aqui.

Ele continuava chorando.

–A é? –soltei o homem no chão –Leva esse filha da puta pra vala!

–Não! Não! Não!

Coloquei minha arma no colete entrando no carro.

O filha da puta pegava dinheiro diretamente do tráfico, com os traficantes.

Está atuando como um intermediário e distribuidor de drogas para a milícia, lucrando consideravelmente com essa atividade ilegal.

Além disso, sua conexão com a milícia poderia fornecer-lhe proteção e suporte para suas operações ilícitas, criando um ambiente perigoso e desafiador para quem estava investigando.

A milícia poderia estar usando Dean como um peão, enquanto ele se beneficia financeiramente dessa associação.

–Chefe –o barulho dos tiros ecoavam numa velocidade animal, o carro em que estávamos foi imediatamente alvejado por balas. Eu e meus homens recuamos para prosseguimos na troca de tiros.

–Chama o batalhão de suporte!

Atirava contra os criminosos que estavam em maior número, eu via meus homens caírem no chão. Estávamos encurralados naquela situação.

–Atira nesses filhas da puta!

Minha equipe conseguiu o resguardo do fronte, nos tínhamos controlado, minimamente, mas ainda eram muitos para poucos de nós. Estávamos despreparados, sem blindado, sem fuzil.

Filha da puta. Acertava um após o outro, numa sequência de tiros minuciosa, talvez a raiva momentaneamente tivesse me deixando tão cega ao ponto de enxergar apenas a cabeça dos homens que atiravam na gente, uma mira que nem eu sabia que eu tinha.

Tirando um por um do meu caminho.

...

–5 homens mortos –o capitão caminhou por mim, ainda com meu uniforme ensanguentado –Tu quer fuder meu batalhão S/n?

O homem agarrou meu colarinho me erguendo da cadeira, encostando seu nariz do meu.

–Quer fuder um batalhão inteiro por birrinha com ex? É isso?

–Não senhor!

–Hein?

–Não senhor –gritei as palavras sentindo minha garganta rasgar.

O homem me soltou batendo seu punho contra a mesa.

–Você entra num lugar podre, com 12 homens e faz essa cagada? –ele gritou –Acabou a porra da investigação!

IMAGINES BILLIE EILISHOnde histórias criam vida. Descubra agora