Fanfic: Sob Seus Olhos - Bronseele (HSR)

Capítulo 10 - O Conselho

A segunda chegou e, com ela, o comunicado que a reunião deveria acontecer naquela tarde. Bronya mostrou à Seele seu celular.
- É hoje, querida. Queria que você me acompanhasse.
- Vou ter que ir! Me mandaram uma mensagem também, Brony.
- Que bom! Vai ser melhor com você!
Seele sorriu um sorriso amarelo, mas depois bufou.
- Tem algo te irritando?
- Tem! Eu não gosto de ter esse controle na minha vida. E fora isso, essa burocracia me deixa irritada. Vou ter que me controlar.
- Faça por mim, faça pela gente. Isso é importante para mim.
- Por você, farei.
- Você parecia melhor se escondendo. Pra ti parecia que estava bom como estávamos… O problema foi comigo. - Engoliu em seco - Desculpe por isso.
- Não se desculpe. Eu estou sendo egoísta. Se é importante para ti, é para mim.
- Pra você é melhor se esconder do que ser a namorada da Guardiã Suprema… Com tudo que isso trás: os deveres, os acordos, a vigilância.
- Você entende que o problema não é você, não é?
- Entendo.
Seele a abraçou.
- Eu vou ser melhor por você.
As duas se dirigiram ao Forte Qlipoth, na sala de reunião. Sentaram-se as duas: Bronya em sua cadeira usual e Seele na de visitantes.
Começou a chefe dos Arquitetos.
- Senhora Bronya, suas demandas foram ouvidas e, depois de várias discussões, decidimos… Foram pesadas as consequências de ambos os cenários. Você tem bastante popularidade, atualmente, o povo a ama. Seria muito difícil para  o povo aceitar sua renúncia.
Outro completou:
- Quanto à Seele, depois dos acontecimentos de heroísmo na batalha contra o grande mal, também vemos o engajamento das pessoas por ela. Mas mesmo com tudo isso, tememos que não possa assumir Seele como sua namorada.
- Então, vou ter que renunciar? - Bronya perguntou.
- Não, se você não quiser. Precisamos de algo mais concreto para demonstrar a nossa população. Vocês só poderão assumir sua relação se noivarem…
Bronya sorriu aliviada e contente, porém Seele falou abismada:
- Vocês estão pedindo minha namorada em noivado por mim?
Bronya olhou de Seele para o conselho e disse:
- Ouvi suas considerações! Preciso discutir sobre isso com Seele… Precisamos de tempo para pensar!
A chefe do conselho então disse:
- Vamos esperar a decisão de vocês. Enquanto isso, contanto que mantenham sigilo da sua relação, Bronya poderá voltar a sua função.
- Essa semana sem a senhora foi um horror!
Bronya deu um sorriso amarelo e se despediu dos seus.
Bronya levou Seele para sua casa, onde poderiam conversar.
- Você pode acreditar naqueles dinossauros? Como podem querer obrigar a gente a qualquer coisa?
- Toda minha vida fui guiada pelos desígnios deles. Antes, isso não me sufocava, mas hoje… Eu entendo que as coisas estão escalando rápido demais para você, amor.
- Posso pensar mais sobre isso? Não é que eu não a ame. Eu nunca pensei em ter algo tão sério assim. Sempre me imaginei sem ser casada com alguém… E ser sua noiva vem com tudo que a Guardiã Suprema traz junto.
- Eu entendo, Seel - disse a outra cabisbaixa. - Não está certa essa pressão. Nunca foi assim com a gente, sempre fluimos tão bem.
No outro dia, logo pela madrugada, Seele teve de ir para o seu lado da cidade trabalhar. Bronya voltou aos seus afazeres, mas tinha um aperto no peito e, ao mesmo tempo, boas lembranças.
Seele, no outro lado, teve um dia comum. Pensou em como seu relacionamento estava, que nunca tinha se sentido dessa maneira. Nunca pensara em casamento, parecia tão piegas… Mas também não pensava em outra vida que não fosse com ela. E sabia que a vida de Bronya era aquele cargo. E que Bronya era alguém transparente. Dormiu com as dúvidas em sua cabeça.