Aqueles que um dia amamos

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Momentos depois, Sasuke Uchiha, Naruto Uzumaki e Sakura Haruno estavam no escritório do 6º Hokage, Kakashi Hatake, que eles chamavam carinhosamente de "Kakashi sensei", Sasuke diferente de Naruto e Sakura gostava de chamá-lo apenas de Kakashi, no fundo o ninja sabia que o arquétipo de "Sensei" não lhe cabia desde que tinha abandonado a vila com Orochimaru.

O escritório, bem iluminado, com janelas para a vista da vila e do monumento Hokage possui paredes grossas e verdes, que transmitem uma sensação de segurança e tranquilidade, nelas há quadros e diplomas que mostram suas conquistas e seus reconhecimentos.

No centro do escritório, Kakashi está sentado em uma cadeira confortável e imponente. A cadeira contém o símbolo da Vila da Folha bordado em seu encosto. A frente, uma mesa robusta e vermelha com pilhas de documentos esperando pela aprovação dele, mesmo em meio a bagunça pode-se notar dois porta-retratos, um deles contém a foto de um homem de cabelos amarelos, dois meninos e uma linda menina de cabelos castanhos, ao lado uma foto muito parecida, só que no centro um homem grisalho afagava a cabeça de um rapaz de cabelos negros e de um loiro (que pareciam não gostar muito da presença um do outro), no centro, uma linda menina de cabelos rosados sorria plena.

- Que bom que você voltou Sasuke - Iniciava o Hatake com um belo sorriso.

- Sim, após dois anos achei melhor voltar para a vila, pelo menos por algum tempo.

- Esperamos que você continue conosco, até o presente momento não foi detectado a presença de nenhum inimigo para a nossa nação.

- Bem, meus trabalhos investigativos apontam que até o momento está tudo bem. Por isso resolvi que já era hora de voltar.

- Mais tarde poderíamos ir ao Ichiraku novamente!

- Não Naruto, quem sabe amanhã, hoje eu tenho diversas coisas para fazer.

- Sasuke, hoje é o dia de comemorarmos a sua volta, o que seria mais importante do que comemorar com os amigos?

- Sakura, sei que você está contente em estarmos juntos de novo, mas hoje não vai dar, preciso ver algumas coisas referente a mim.

- Posso ir com você para nós...

- Não, amanhã podemos nos ver de novo. Todos nós. - Dizia ele saindo da sala.

- Que coisa, parece que o Sasuke nunca muda mesmo - Dizia Naruto pondo a mão na cabeça.

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Naquela linda tarde de outono, quando os últimos raios de sol incidiam sobre as nuvens, revelando um céu laranja forte, no coração do cemitério de Konoha uma linda moça de olhos perolados carregava consigo um vaso com alguns girassóis, seu caminhar lento e compassado, seu olhar absorto no chão faziam com que a cena mais parecesse um quadro do que a vida real.

Todos os dias, Hinata dedicava-se a um ritual singelo, adornando o túmulo de Neji com um vaso repleto de girassóis, cujas pétalas douradas pareciam capturar os raios do sol em sua plenitude. Nessas breves interações, a jovem percebia a presença do primo de forma mais intensa, como se seus espíritos estivessem entrelaçados em um diálogo silencioso e etéreo. Sentada junto ao túmulo, ela compartilhava suas aflições, seus anseios, como se as palavras pudessem transcender os limites da vida e da morte. Para alguns, esse gesto poderia parecer fútil, uma tentativa vã de alcançar o além. No entanto, para Hinata, cada momento ao lado do túmulo era uma oportunidade de estreitar os laços com Neji, de manter viva a chama de seu espírito. Pois, para ela, a morte não representava apenas uma partida irreversível, mas sim um desafio a ser enfrentado com serenidade e paciência. O adeus não era um obstáculo a ser superado, mas sim um capítulo a ser escrito com cuidado e reverência.

Entre Sorrisos e SuspirosOnde histórias criam vida. Descubra agora