Capítulo 12

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Se essa for a última vez
Eu vou segurar sua mão na minha
Vejo em seus olhos
Todos os nossos bons momentos se passando
Lembrando nossos melhores momentos
Time - The Rose


A mãe de Ni-ki voltou para a Coréia e a primeira coisa que fez foi agradecer muito a família Kim por ter cuidado de seu filho. O loiro estava feliz de ter a mãe de volta e agora poderiam voltar a sua rotina normal.
Enquanto guardava suas coisas para voltar para casa, Sunoo bateu na porta do quarto.

— Não pode pedir pra sua mãe te deixar ficar?

— Vai sentir minha falta, não é Pink Pie? Pois é, eu sou insuperável mesmo.

Ni-ki recebeu uma revirada de olhos do rosado, que entrou no quarto e fechou a porta.

— Tem razão, vou sentir sua falta. Mas eu sei que você também vai sentir falta de mim, certo? — ele se aproximou do mais alto, e passou os braços por seu pescoço, o puxando para perto.

— O que foi? Quer um beijo de despedida?

— Quero mais do que um beijo de despedida, até porque, essa não vai ser a última vez que vamos nos ver, não é? — ele deu um sorriso charmoso.

Em poucos dias, eles trocaram beijos escondidos, além de se tocarem discretamente toda vez que podiam. Durante a última semana, dormiram agarrados também, Sunoo não deixava de provocar o loiro depois de descobrir que ele tinha medo do escuro e do barulho da encanação.

— Tem razão. Só estamos começando, né? — o loiro puxou Sunoo pela cintura, colando de vez os corpos.

Como em todos os beijos trocados, Ni-ki sentiu aquele reboliço na barriga. Seus pelos arrepiavam e ele queria ainda mais daquilo. Sunoo amava o jeito que Ni-ki o fazia sentir durante os minutos em que as bocas estavam grudadas uma na outra. Era tudo muito bom para ambos. Estavam descobrindo sensações novas juntos, e não poderia ser melhor. Eles ouviram batidas na porta e se separaram rapidamente. Logo a mãe do Nishimura entrou, avisando que estava indo para casa e que não era para Ni-ki demorar. O mais novo apenas concordou e quando a porta se fechou, os dois garotos trocaram olhares cúmplices.

Sunoo ajudou Ni-ki a levar as coisas até sua casa. Apesar de todas as diferenças, em pouco tempo descobriram que gostavam muito da presença um do outro e agora é claro que faria falta não se verem todas as manhãs assim que acordarem. Pelo menos, o resto continuaria igual. Eles iriam para a escola juntos e trocariam beijos assim que tivessem a oportunidade, além de estudarem na mesma sala.

— Uma pena que não vou mais ver seu rosto amassado de manhã. — Ni-ki se lembrou do primeiro dia em que foi morar com os Kim.

— Para de ser besta! Aquilo aconteceu só uma vez.

— Eu achei fofo, na verdade. — confessou.

— Não achou nada! Deve ter achado engraçado, isso sim.

— Isso também. Mas você tem uma fofura inegável, Pink Pie.

Sunoo sorriu com o elogio e encarou o garoto ao seu lado, observando o sorriso quadrado dele. O Kim achava que aquele era o sorriso mais fofo e lindo que ele já tinha visto em toda a vida.

Quando Ni-ki entrou em casa, a primeira coisa que fez foi subir para seu quarto e observar Sunoo pela janela. O mais velho estava apoiado no peitoral, e sorria bobo. Quem diria que agora ele amaria olhar para Sunoo da janela de seu quarto. Meses atrás, ele provavelmente estaria gritando para o outro abaixar a música, mas agora preferia mesmo era escutar o Kim cantando de seu quarto. Foi quando ouviu sua mãe o chamar e sinalizou para o vizinho que teria que ir.

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