Eu cuido dos seus machucados

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– Kenzinho chame a Emma– Mikey disse se sentando no sofá, assim que Draken saiu seu semblante mudou, ele estava sério– Senta.

Eu o obedeci e sentei ao seu lado no sofá, eu estava tremendo, porra para, para , para, eu não consigo parar de tremer. Ele levantou e tirou seu casaco jogando-o em sua cama e voltou a sentar ao meu lado.

Senti algumas lágrimas descerem de meu olhos, estava tão imersa em meus pensamentos olhando para baixo que levei um susto quando senti seu toque em meu rosto, levantando meu queixo fazendo eu o olhar no fundo de seus olhos e limpando minhas lágrimas com seu polegar.

–Não vou te machucar, já te bateram demais– meus olhos parasilaram nos seus, sua expressão era gentil que fazia meu coração acelerar, ele aproximou seu rosto do meu, senti rua respiração em meu rosto– está doendo?.

Nada ali fazia sentido, não estava sentindo dor nenhuma, meu corpo estava cheio de adrenalina. Seus olhos não desviaram dos meus.

– Ai – ele tinha tocado minhas costas no exato ponto em que aquele maltido taco me acertou, eu estou e um completo transe.

–Então aqui que está doendo– diz se referindo a regiam que acaba de tocar– Peço desculpa por isso, é culpa minha você ter se machucado assim.

– Não é culpa sua, não foi você que me bateu.

Escutamos a porta se abrir, e entrava uma menina com um sorriso no rosto e uma caixa de primeiros socorros na mão.

Mikey se levantou e parou na porta ao lado de Draken, a menina entrou e parou atrás do sofá.

– Oi eu sou a Emma irmã do Mikey, Draken me contou o que aconteceu e eu vim cuidar de você– ela sorriu preocupada e pediu para mim tirar a blusa e foi o que fiz.

Estava de costas, mas notei os olhares em meu machucado.

– Não precisa cuidar de mim, eu sei me virar.

E me virei de leve e pude ver o olhar de Mikey, ele estava muito sério, nunca tinha visto alguém ficar assim depois de ver o machucado de outra pessoa. Não demorou muiito para que Mikey saisse do quarto, acompanhado de Draken que também estava com uma cara séria, Draken disse para mim aceitar os cuidados de Emma e foi o que fiz, enquanto ela passava pomada no meu machucado, foi me falando um pouco de como Mikey, Draken e seus outros amigos fundaram a Toman, mencionou também seu irmão mais velhos que faleceu, mas não contou como e porque, só disse que Mikey era muito proximo dele, contei a ela um pouco da minha vida também.

Disse que moro sozinha, e que não tenho parentes aqui, já que os unicos que moravam aqui morreram, Emma me deixou tão à-vontade que por um milegre contei sobre minha mãe e o que havia acontecido com ela, mas não me aprofundei muito, e Emma reconheceu isso não fazendo nehuma pergunta a respeito.

–Preparei um chá, por favor espere aqui– ela já tinha passado a pomada e os curativos.

Assim que ela saiu coloquei minha blusa de volta, alguns minutos depois Mikey e Draken entraram, Draken se sentou no sofá ao meu lado e Mikey no chão ao seu lado. Emma voltou com uma bandeja com quatro copos de chá dentro e os colocou na mesa, depois se sentou ao lado de Mikey no chão.

–Eai seu nome é tão bonito quanto seu rostinho?–assim que escutei isso , acabei me engasgando com o chá, Emma me ajudou dando tapinhas em minhas costas.

– Que tipo de pergunta é essa seu idiota?– Draken deu um soco na cabeça de Mikey que cuspiu todo seu chá no chão.

–Tudo bem, me chamo S/N Kamado, mas podem me chamar só de S/N mesmo –falei dando um sorriso.

Assim que terminamos de tomar o chá, Emma pediu para o Draken ajudar ela a levar a louça ficando só eu e Mikey no quarto.

Ele levantou e foi pegar sua blusa que tinha colocado em cima da cama.

– S/N – me levantei e parei em sua frente olhando em seus olhos– Eu nem sei o que te dizer, além de pedir desculpas de novo– ele parou por alguns segundos até me olhar novamente– S/N vou te conceder três pedidos como desculpa– falou dando um sorriso como se acabasse de solucionar a fome do mundo.

– Três pedidos?– perguntei ainda confusa a onde ele queria chegar– então tá, quero que sente ali e me deixe fazer o que eu quiser com você.

Ele me olhou confuso mas obdeceu sem me contráriar, ele sentou no sofá e presionou um lábio contra o outro fazendo-o sangrar, sua expressão era de nervosismo junto com muitas duvidas estampadas em seu rosto.

Peguei um algodão da caixa de primeiros socorros que Emma tinha usado, o molhei com água de uma garrafa que achei perdidda no quarto e me sentei em sua frente, me aproximei.

– Por favor não se mexa– ele ficou imóvel coloquei o algodão na ferida limpando o sangue que escorria– meu primeiro pedido é que deixe eu cuidar de você.

Ele continuava a me olhar confuso, troquei o algodão, o outro estava sujo demais para continuar usando, antes que pudesse encostar no machucado ele segurou meu braço.

– O que foi?– perguntei confusa– eu fiz alguma coisa de errado?.

– Isso dói– ele me ollhava concentrado.

Acabei deixando um riso escapar, como um líder de uma guangue de delinquentes podia ser tão frágil assim? Ele soltou meu braço e voltei a cuidar de seu machucado, peguei um pomada e passei em seu lábio, Mikey não tivara os olhos de mim, parecia que eu poderia atacar ele a qualquer hora da forma como me olha.

–Tenho outro pedido –anuncio me afastando e fechando a pomada– quero ver aquele garoto loiro que estava apanhando de novo, acho que o nome dele é...

– Takemichi Hanagaki – diz me interrompendo– Por que quer velo?

– Ele apanhou muito– falo voltando a olhar em seu rosto– queria saber se ele está bem.

Mikey se levantou em um pulo.

– Tudo bem, amanhã eu e o Kenzinho iremos falar com ele no colégio se quiser vir com a gente está convidada.

– Então eu vou – falo me levantando depressa empolgada.

Ouço a porta abrir e Draken entra.

– Do que vocês tão falando?– pergunta curioso com a empolgação em meu olhos e de Mikey.

–S/N irá com a gente atrás do Takemichi amanhã– Mikey pega a chaves da moto e joga em cima de Draken– Vamos Kenzinho precisamos levar a S/N para casa já a noiteceu.









–Obrigada eu acho, é estranho agradeçer depois de terem me sequestrado cuidado de mim– falo descendo da moto com a ajuda de Draken.

Entrei no prédio e subi até meu apartamento que era no segundo andar, assim que entre tranquei a porta. Não demorou muito tempo para escutar alguém me chamando, corri pra janela e vi Mikey e Draken ainda parados no portão.

– S/N CARA DE CAVALO– eles gritaram e começaram a rir.

– A SEUS FILHOS DA PUTA! –corri para cozinha e enchi um como de água, voltei correndo e joguei neles mas errei completamente e eles ligaram a moto e foram embora rindo.

Esses dois palhaços, como esse dia foi doido. Fui para cozinha e coloquei o copo na pia, estou morrendo de fome, abro a geladeira e... EU NÃO TENHO COMIDA! MINHAS SACOLAS FICARAM NAQUELE LUGAR!!! Senti algumas lágrimas escorrerem, deveria ter pedido dinheiro para comprar comida, estou morrendo de fome.

A MENINA E A TOMANOnde histórias criam vida. Descubra agora