Apolo quer minha ajuda

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Perdoar Luke foi a melhor decisão que fiz. Nos tornamos inseparáveis novamente, mas dessa vez com uma pessoa à mais no grupo, Harry. Ele estava no chalé de Hermes, e mesmo já tendo se passado um tempo desde que ele chegou, seu pai ainda não o reconheceu, eu me sentia muito mal por ele, mas ele não se importava ou pelo menos parecia não se importar.

O verão já estava chegando ao fim, e os campistas já estavam arrumando suas malas. Margaret ia pra casa da mãe, Sabrina ia pra casa do seu padrasto e eu planejava ir pra casa ficar com minha mãe, estava morrendo de saudades e não via a hora de voltar pro meu quarto. Mas parece que os meus planos vão ter que esperar.

- Amélia, - Louis, um irmão meu me chamou- carta pra você!- me levantei e fui até ele, peguei o papel e vi o remetente: Elisa Máximus.

- É minha mãe! É minha mãe!- saí gritando pelo chalé- Ela me escreveu!- era a primeira vez que ela me escrevia, eu nem sabia que tinha essa possibilidade, pensei que se tivesse opção de cartas ela já teria escrito antes, mas parece que não. Bem, o que importa? Ela escreveu agora! Aposto que ela vai implorar pra eu voltar pra casa, vamos pra Coney Island, tomar sorvete de baunilha e ir na roda gigante.

" Amélia, espero que esteja tudo bem aí no acampamento, desculpe não escrever antes, mas estava muito ocupada com o trabalho, depois que te deixei à salvo a minha rotina voltou ao normal, como deveria mesmo acontecer. Falando em trabalho, não vamos poder nos ver tão cedo, terei que ir pra Paris à uma conferência e ficarei por um tempo indeterminado, não se preocupe não vai demorar. Prometo que quando voltar irei trazer um presente bem legal pra você. Beijos da sua mãe. "

Eu não estava acreditando no que eu estava lendo. Eu fico dois meses longe dela, se um sinal de vida pra no final receber uma carta dela dizendo que não vai me ver tão cedo? Sério? Nem um "sinto saudades" ou " te amo"! Amassei a carta e joguei pro canto. Eu não iria a lugar algum. Ela não viria me buscar.

Eu não fui a única a ficar no acampamento, embora agora muito mais vazio, eu ainda havia companhia: Luke. A pequena Annabeth também estava, Luke cuidava dela, inúmeras vezes passei em frente ao chalé de Atena e os dois estavam lá sentados na escada. Eu ainda estava chateada, mas não tinha tempo pra isso, enquanto os campistas não estavam, ajudamos à cuidar do acampamento, cuidamos do campo de morango, limpamos o refeitório, tiramos teia de aranha de onde nossas armas ficavam guardadas, quer dizer, os filhos de Atena não tiraram não. Aquela rotina já estava se tornando normal pra mim, eu já me sentia em casa. Notei que Quíron estava me observando há uns dias, quando eu estava comendo ele estava lá, quando eu estava recolhendo os morangos ele estava lá, não quero dizer isso, mas a presença dele está começando à me incomodoar um pouquinho, então decidi tirar satisfações.

- Bom dia, Quíron!- falei me aproximando dele, que estava conversando com o sr. D- Bom dia pra você também, sr. D.

- Bom dia, Amélia- Quíron disse meio sem jeito

- Quíron, eu venho notado que o senhor anda meio estranho há um tempo, eu não sei oque eu possa ter feito, mas se fiz algo não foi por mal!- então me lembrei do incidente do ukelele no mês passado- Ah, não. É por causa que eu bati na Antonieta com o ukulele?!- o sr. D segurou uma risada- Juro que não foi minha intenção, ela estava me provocando e foi a primeira reação que eu tive, e...

- Espera, do que a senhorita está falando? Quê ukulele?- foi aí que eu percebi a burrada que eu fiz

- Não tá sabendo de nada?- ele balançou a cabeça negando- Certo!- sorri sem graça- Então por que está estranho ultimamente?- ele suspirou fundo e olhou para o sr. D que deu de ombros

- Amélia, eu nem sei como vou te dizer isso,- ele suspirou mais uma vez- mas seu pai entrou em contato- por um momento levei um susto, porque eu nem lembrava que eu tinha pai

Midnight SunshineOnde histórias criam vida. Descubra agora