perdoa por tudo vida

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- Bom, eu quero pedir desculpa. Sei que te fiz sofrer muito, principalmente por todas as vezes nas quais eu menti dizendo que não sentia o mesmo.
- Tá desculpada. - Disse Henrique em tom de ironia.
- Eu sempre te amei muito para deixá-lo ir. Sempre senti ciúmes de você e nunca quis admitir.  Porque eu nunca quis admitir para mim mesma que eu te amava. Preferia chorar horrores do que te olhar no olho e dizer te amo. Por que sou orgulhosa? Talvez, mas acho que sou muito é egoísta, trouxa por tudo que te fiz passar. Para ser franca, acho que fiz quatro pessoas sofrerem, eu, você,  o Yuri e a Bia. De todas elas eu fui a culpada de tudo.
- Não se culpe. A culpa é de todos nós. A Bia e o Yuri se envolveram sabendo das nossas paixões.  Eu menti sobre a tal garota. Todos nós somos culpados e todos nós sofremos de forma igual. Somos todos culpados pelos próprios sofrimentos.
- Karai mó sentimental. Eu te amo meu coach.
- Seu? - Suas bochechas coraram ao me ouvir.
- Só meu e de mais ninguém.
- Te amo minha vida.
- Precisamos pedir desculpas para a Bia e o Yuri, e contar para nossos pais.
- Sim.
Nós assistimos alguns filmes. Eu estava deitada em seu peito e seus braços envolviam minha cintura.
Estava muito quente, então decidimos ir até a sorveteira. Eu estava toda pronta para ir, quando ele me puxou pela cintura para si. Estávamos bem perto um do outro enquanto ele colocava meus cabelos atrás da orelha. Sua respiração era ofegante, era possível sentir o cheiro do suco de maracujá ele havia bebido. Tomei coragem e o beijei. Foi um beijo intenso. Nossas mãos faziam passeios em nossas costas e barrigas. Ele colocou a mão por baixo da minha blusa e pude sentir sua mão em minhas costas.  Na verdade não senti como se suas mãos estivem em minha pele, mas sim na minha alma. Ficamos nos beijando por uns 15 minutos. Até tropeçarmos e nossas bocas se separarem. Nós arrumamos e fomos até a sorveteira.
Passamos todo o caminho de mão dada. Chegando lá, pedimos um cascão.  Sim, apenas um. A gente dividiu um cascão. Nossas línguas iam lambendo o sorvete até se encontrarem. E elas se encontraram. Em um beijo quente de dar arrepios. A sorveteira estava cheia, então sabíamos da possibilidade de amanhã na escola geral saber sobre a gente.
Escolhemos alguns picolé, pagamos e fomos embora.
- Como faremos para contar para todos sobre nós? - Perguntou Henrique com um rosto de preocupação.
- Primeiro devemos falar com a Bia e com o Yuri. Depois com nossos pais.
- Tem razão vida.
- Vamo pra casa e conversamos lá. Aí planejamos tudo certinho.
- Ok vida.
Voltamos para a minha casa. Guardamos o sorvete no freezer e planejamos tudo. Ligamos para a Bia e pedimos para ela ir até a casa de Henrique em duas horas. Demos mais alguns amaços. Cada um pegou um picolé de nossas preferência, trancamos minha casa e fomos até a de Henrique. Abrimos a casa, tomamos nosso picolé e ainda faltava meia hora para Bia chegar. Foi enquanto Henrique me empurrava contra parede e pressionava sua língua em meus lábios, ouvimos o som das batidas na porta. Era a Bia.
Corremos para esticar os lençóis e fingimos que não estava rolando nada além de uma boa conversa entre amigos.
O Henrique desceu correndo enquanto eu terminava de me deixar aparentemente civilizada.
- Bia, precisamos ter uma séria conversa entre 3 pessoas maduras . Trouxe a July para conversar conosco. - Disse Henrique ao abrir a porta
- Ta - Disse Bia debochando.
Deus por favor me ajude a ser paciente com essa biscate.

Henrique Lemos Onde histórias criam vida. Descubra agora